quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

BORA PRA LISBOA???

Borboletário do Museu Nacional de História Natural reabre em Março.


No dia 21 de Março às 10:00, o Borboletário reabre as suas portas ao público no Jardim Botânico do Museu Nacional de História Natural e da Ciência (MUHNAC). As borboletas voltam a voar com a chegada da Primavera.


O Borboletário é um jardim de plantas mediterrânicas habitado por borboletas comuns em Portugal. Neste espaço podem observar-se as diferentes fases do ciclo de vida das borboletas e acompanhar as mudanças do jardim ao longo do ano.

Nos últimos sete anos já passaram mais de 200.000 visitantes pelo Borboletário, local onde puderam aprender a identificar ovos, lagartas, crisálidas e borboletas.

Documentários sobre o trabalho realizado no Borboletário:
Borboleta-monarca: http://www.youtube.com/watch?v=kVmbEQ7BJvM

Borboleta-cauda-de-andorinha: http://www.youtube.com/watch?v=nD94zPd8kv8 

Período de Funcionamento:
Aberto de 21 de Março a 15 de Novembro de 2014.
Encerra às segundas-feiras e feriados.

Horário:
Terça-feira à sexta-feira das 10:00 às 17:00.
Fins-de-semana das 11:00 às 18:00.

Morada: 
Borboletário - Museu Nacional de História Natural e da Ciência
Rua da Escola Politécnica,
58 1250-102 Lisboa
Telefone: 210443510
E-mail: borboletario@museus.ul.pt

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Biólogos encontram nova espécie de borboleta em projeto de transposição

Espécie foi encontrada na mata ciliar de Brejo Santo-CE a Cabrobó-PE. Comunidade científica descreve a espécie com a publicação de artigo.



Nova espécie de borboleta é encontrada nas obras da transposição do Rio São Francisco.
Biólogos do Centro de Conservação e Manejo de Fauna da Caatinga (Cemafauna) que atuam em estudos do Projeto de Integração do Rio São Francisco encontraram uma nova espécie de borboleta. Ela apareceu na área de monitoramento no trecho da transposição em Brejo Santo-CE. A descrição da espécie já foi feita em um artigo que está prestes a ser publicado, apresentando assim a borboleta a toda comunidade científica.
O Coordenador do Cemafauna, Luiz César Machado, explica que na mata ciliar de Brejo Santo- CE a Cabrobó- PE é possível encontrar a nova espécie, que possui uma coloração diferente das outras. “Ela é muito parecida com as borboletas brasileiras, mas não apresenta uma mancha vermelha e tem um número diferente de nervuras nas asas”, explica.
Segundo Luiz César, a borboleta ainda não possui um nome. Mas tudo indica que ela receba uma identificação que faça referência ao Submédio São Francisco, lugar onde foi encontrada. No Cemafauna há cerca de 50 espécies de borboletas já conhecidas e catalogadas.
O centro foi criado em 2008 através de uma parceria entre a Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) e o Ministério da Integração Nacional.  O projeto conta com uma equipe de 50 biólogos e veterinários. A sede do Cemafauna fica no Campus de Ciências Agrárias da Universidade em Petrolina, no Sertão pernambucano.
Além do monitoramento dos trechos leste e norte das obras de transposição para perceber os impactos na flora e fauna, o centro se dedica também ao resgate, o tratamento e a catalogação de animais silvestres. Segundo o coordenador do Cemafauna, já foram capturados 23 mil exemplares de animais e 85 % deles retornaram para a natureza.
Além disso, também foi criado um Museu da Fauna com acervo de diferentes espécies, esqueletos que dão suporte a pesquisas nas áreas. O espaço criado em julho de 2012 revela a importância dos animais silvestres encontrados na caatinga.
O Museu da Fauna da caatinga tornou-se um ponto turístico da região, um espaço aberto à visitação e elaboração de atividades acadêmicas. As visitas devem ser agendadas pelo site do centro. O Cemafauna funciona de terça a sexta, das 9h às 18h e sábado em horário especial.

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Estudo indica queda pela metade de população de borboletas na Europa. E no Brasil?


Espécie Vulcain é uma das borboletas ameaçadas na Europa.
Wikimedia Commons

Um relatório da Agência Europeia de Meio Ambiente indicou que o número de borboletas que vivem em campos abertos diminuiu pela metade nos últimos 20 anos, na Europa. A constatação é considerada preocupante pela agência, uma vez que as borboletas são insetos polinizadores, essenciais para a biodiversidade.


Das 17 espécies de 19 países analisadas, oito apresentam queda das populações, duas estão estáveis e apenas uma aumenta. Para as outras seis, a tendência ainda é incerta.
Na França, a organização Noé Conservation, em parceria com o Museu da História Natural de Paris, criou um observatório para avaliar o comportamento das borboletas. Florent Planas, diretor de Programas da organização ambiental, explica são as ações do homem que causam impactos nos ecossistemas. “Especificamente sobre as borboletas, um dos maiores problemas é a intensificação da agricultura em campos abertos. E nas regiões montanhosas ou úmidas, a razão principal é o abandono da agricultura extensiva, quando os campos são cobertos por florestas menos favoráveis ao aparecimento das borboletas”, afirma.
Outro fator importante é que a maioria das borboletas são noturnas, e o homem raramente respeita esta condição de vida deste e outros insetos. “Mais de 5.200 borboletas são espécies noturnas, e apenas 257 diurnas. Percebemos então o quanto é necessário readaptar a iluminação para preservar a biodiversidade, porque o que vale para as borboletas, vale para todos os outros animais e insetos”, disse.
Situação no Brasil
No Brasil, a situação é menos alarmante, mas nem por isso confortável. Não existem estudos que avaliem a situação das populações de borboletas no país, mas o desmatamento tem afetado os ecossistemas nos últimos 80 anos. O pesquisador André Freitas, do Instituto de Zoologia da Unicamp, é especialista em borboletas e afirma que existem entre 50 e 60 espécies ameaçadas.
“Destas, 90% são da Mata Atlântica, que foi a região que mais sofreu com desmatamento. Muitas migram para outros habitats, mas não significa que elas conseguirão se adaptar”, observou.

*Duas espécies de borboletas brasileiras estão entre os 100 animais mais ameaçados do mundo. São a Actinote zikani, da Mata Atlântica de São Paulo, e a Parides burchellanus, do Cerrado.