terça-feira, 19 de abril de 2022

Biblis hyperia em Tragia alienata



Ocorrência de Biblis hyperia nectanabis- Biblidinae Biblidini (Fruhstorfer, 1909) em Tragia alienata (Didr.) Múlgura & M.M. Gutiérrez.




Biblis hyperia (denominada popularmente, em inglêsRed Rim)[3] é uma borboleta neotropical da família Nymphalidae, considerada a única espécie de seu gênero (gênero monotípico). É nativa do México até o Paraguai, incluindo as Índias Ocidentais[1] (exceto CubaIlha de São Domingos e Jamaica);[4] raramente indo parar na região sul do Texas.[5] Foi classificada por Pieter Cramer, com a denominação de Papilio hyperia, em 1779.[1] Varia de pouco mais de 5 a 7.6 centímetros de envergadura[5] e se caracteriza por possuir, vista de cima, coloração quase negra (um pouco mais pálida no canto das asas anteriores), com bandas em vermelho na proximidade inferior das asas posteriores. Ambos os sexos são idênticos, não havendo qualquer variação na padronização, embora a largura da banda vermelha sobre a asa posterior varie ligeiramente entre indivíduos. A parte inferior das asas é idêntica à sua vista superior, exceto por ser um pouco mais pálida.[3]

Hábitos

Biblis hyperia é geralmente encontrada isoladamente, em altitude variando entre o nível do mar e cerca de 1.000 metros, porém mais freqüentemente abaixo de 500 metros; vivendo em ambientes alterados, incluindo clareiras de florestaflorestas secundárias, ao longo das estradas ou caminhos e margens de rios. Seu voo é lento e os machos tendem a continuamente agitar suas asas quando se assentam na folhagem de arbustos ou árvores, ou quando absorvem a umidade mineralizada de pedras ou seixos.[3]

Ciclo de vida

Lagartas encontradas em planta de Tragia[1] (Euphorbiaceae),[6] contendo dois prolongamentos como chifres em sua cabeça e uma série de protuberâncias espiniformes em seu corpo, sendo amarronzadas como um galho em sua fase final. Crisálida com prolongamentos alares.[7] O ovo eclode após uma semana, com a lagarta passando por diversas transformações.[8] O ciclo, de crisálida a adulto, leva de 10[carece de fontes] a pouco mais de 20 dias[8] em média.

Mimetismo e toxidade

Segundo Andrew V. Z. Brower, embora a banda vermelha nas asas posteriores esteja posicionada de forma diferente, Biblis hyperia poderia se constituir em um possível caso de mimetismo Mülleriano; imitando borboletas do gênero Heliconius em áreas onde estas borboletas exibam asas negras, com uma banda vermelha nas asas anteriores. Também têm uma semelhança mimética com vários Papilionidae do gênero Parides.[6] Adrian Hoskins afirma que seu voo lento poderia ser indicativo de que esta espécie é desagradável para as aves e que as plantas da qual se alimentam suas larvasEuphorbiaceae, contêm toxinas que poderiam ficar retidas nos órgãos das borboletas adultas.[3]

Subespécies

Biblis hyperia possui cinco subespécies:[1]

Uma sexta subespécie, ainda não descrita, parece habitar a região do Peru.

Referências

  1.  «Biblis» (em inglês). Lepidoptera and some other life forms. 1 páginas. Consultado em 10 de janeiro de 2015
  2.  «Biblidinae (Boisduval, 1833)» (em inglês). Butterflies and some other life forms. 1 páginas. Consultado em 10 de janeiro de 2015
  3. ↑ Ir para:a b c d Adrian Hoskins. «Red Rim - Biblis hyperia (Cramer, 1779)» (em inglês). Learn about butterflies. 1 páginas. Consultado em 10 de janeiro de 2015
  4.  D'ABRERA, Bernard (1984). Butterflies of South America (em inglês). Australia: Hill House. p. 176-177. 255 páginas. ISBN 0-9593639-2-0
  5. ↑ Ir para:a b «Biblis hyperia (Cramer, 1779)» (em inglês). Butterflies and moths of North America. 1 páginas. Consultado em 10 de janeiro de 2015
  6. ↑ Ir para:a b Andrew V. Z. Brower. «Biblis hyperia (Cramer, 1779)» (em inglês). Tree of life web project. 1 páginas. Consultado em 10 de janeiro de 2015
  7.  «Biblis hyperia aganisa, (Boisduval, 1836) - Immatures, page 2» (em inglês). Butterflies of America. 3 páginas. Consultado em 10 de janeiro de 2015
  8. ↑ Ir para:a b Berry Nall (2011). «Red Rim (Biblis hyperia) life history» (em inglês). Berry's butterfly photos. 3 páginas. Consultado em 10 de janeiro de 2015
  9.  Kelen Coelho Cruz; Sileimar Maria Lelis; Mariana Aparecida Silva Godinho; Rúbia Santos Fonseca; Paulo Sérgio Fiúza Ferreira; Milene Faria Vieira (setembro–outubro de 2012). «Species richness of anthophilous butterflies of an Atlantic forest fragment in southeastern Brazil» (PDF) (em inglês). Revista Ceres, Viçosa (v. 59, n.5, p. 571-579). 4 páginas. Consultado em 13 de janeiro de 2015
  10.  Thamara Zacca; Freddy Bravo; Maíra X. Araújo (2011). «Butterflies (LepidopteraPapilionoidea and Hesperioidea) from Serra da Jibóia, Bahia state, Brazil» (em inglês). Entomo brasilis 4 (3): página 139-143. 2 páginas. Consultado em 13 de janeiro de 2015
  11. Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.  https://pt.wikipedia.org/wiki/Biblis_hyperia





 

Particularidades:  


Biblis gênero contém apenas uma única espécie, que é uma das espécies mais características e instantaneamente reconhecíveis na Região Neotropical. Ambos os sexos são idênticos, e não há qualquer variação na padronização, embora a largura da banda rosa brilhante sobre a asa posterior varie ligeiramente. A parte inferior das asas é idêntica ao da superfície superior, exceto por ter sido um pouco mais pálida. Biblis é distribuída por todas as áreas tropicais e subtropicais da região neotropical, desde o México até o Paraguai. Também é encontrado nas maiores ilhas do Caribe com ligeiras variações. É comum em locais perturbados, clareiras florestais, floresta, pastagem, mosaicos de vegetação e ao longo das estradas e margens de rios. Ela é encontrada em altitudes entre o nível do mar e cerca de 1000m, mas é mais freqüente abaixo borboletas 500m. Geralmente vivem isoladas. Os machos tendem a continuamente balançar suas asas quando na folhagem de arbustos ou árvores, ou quando vão absorver minerais em locais úmidos como rochas ou seixos. O vôo é lento seu padrão de cor sugere que esta espécie é desagradável para os pássaros. As lagartas se alimentam de Euphorbiaceae que contêm toxinas e provavelmente são seqüestradas e retidas nos corpos das borboletas adultas. É um pouco surpreendente, portanto, que as cores e padrões não são imitados por outras espécies.





Adulto emergindo


Vista dorsal 



Vista frontal

Lagarta de ultimo ístar


Lagarta de ultimo instar 

Medidas

Lagarta


Pupa

Pupa

Pupa

O ciclo tem como planta hospedeira a Euphorbiaceae Tragia alienata   conhecido popularmente como Cipó-urtiguinha ou no nordeste como tamearana, uma trepadeira delicada e muito urticante.


A inflorescência


 Folha

 Folhas e inflorescência

Frutos

 inflorescência

Frutos

Frutos

 Frutos

 Frutos

Inflorescência

Frutos e inflorescência

Folhas e frutos

 Medidas dos frutos

 Medidas dos frutos

 Inflorescência

 Medidas da inflorescência

A Inflorescência

 Botão floral da inflorescência

Planta nativa de: Argentina Nordeste, Argentina Noroeste, Bolívia, Brasil Nordeste, Brasil Sul, Brasil Sudeste, Brasil Centro-Oeste, Paraguai

Possiveis sinonímias:

. Bia lhotzkyana Klotzsch

·  Bia sellowiana Klotzsch ex Baill.

·  Tragia alienata (Didr.) Múlgura & MMGut.

·  Tragia cissoides Müll.Arg.

·  Tragia sellowiana Müll.Arg.



Agradecimentos: Inês Cordeiro, do Instituto de Botânica do Herbário de SP., pela confirmação da identificação da planta hospedeira da lagarta.





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