terça-feira, 24 de junho de 2014

Obama ordena que efeito de pesticidas nas abelhas seja reexaminado.



Defensores do meio ambiente saudaram o plano, mas disseram que ele não avança o suficiente, destacando que a União Europeia já baniu três pesticidas comuns, conhecidos como neonicotinoides, alegando que estariam fazendo as abelhas adoecerem.
As abelhas melíferas (produtoras de mel) contribuem com US$ 15 bilhões anuais nos cultivos nos Estados Unidos e têm sofrido perdas severas nos últimos anos devido a um fenômeno conhecido como distúrbio do colapso das colônias.
Os cientistas não entendem totalmente porque vários tipos de abelhas e borboletas estão morrendo, mas as pesquisas apontam para uma combinação de pressões, que inclui parasitas, agentes patogênicos e exposição a pesticidas amplamente usados na agricultura.
O novo plano do governo pede à Agência de Proteção Ambiental (EPA, na sigla em inglês) que "avalie o efeito dos pesticidas, inclusive dos neonicotinoides, na saúde das abelhas e de outros polinizadores, e tome as medidas necessárias" no prazo de 180 dias.
O decreto assinado pelo presidente Barack Obama também solicitou uma estratégia ampla a ser adotada em todas as agências do governo nos próximos seis meses que protegeria os polinizadores ao melhorar seu hábitat.
"Ao longo das últimas décadas, tem havido uma perda significativa de polinizadores, inclusive de abelhas melíferas, as abelhas indígenas, aves, morcegos e borboletas, do meio ambiente", disse Obama.
"O problema é sério e exige atenção imediata", acrescentou.
A Comissão Europeia restringiu o uso de três pesticidas pertencentes à família dos neonicotinoides, conhecidos como clotianidina, imidacloprid e tiametoxame.
No entanto, o site da EPA diz que os Estados Unidos "não proíbem ou limitam o uso de pesticidas neonicotinoides". Ao contrário, destaca que estes serão "reavaliados para assegurar que cumprem os critérios atuais de saúde e segurança".
Larissa Walker, que chefia a campanha de polinizadores do Centro de Segurança Alimentar, disse que o anúncio estava "no caminho certo", mas expressou sua preocupação.
"A avaliação e a melhora de hábitat não salvarão sozinhas nossos polinizadores. Precisamos de uma ação decisiva sobre os pesticidas", afirmou.