segunda-feira, 15 de julho de 2024

Catonephele numilia em Alchornea sp

 

Nome Científico: Catonephele numilia (Cramer, 1775)
Família: Nymphalidae - Ordem: Lepidóptera


Distribuição: Nativa da América Central e do Sul.

Habitat: Essa espécie de borboleta vive basicamente em florestas de várzeas úmidas

Fotos de uma Fêmea.

Existe nesta espécie, dimorfismo sexual nos adultos, com os machos sendo pretos com  pontos laranja na superfície dorsal das asas, enquanto as fêmeas são pretas com uma faixa amarela clara no centro das asas dianteiras.


Alimentação: Geralmente se alimentam de frutas podres.
Reprodução: Nesta ordem, dos lepidópteros, os insetos são holometabólicos. Em outras palavras, sofrem metamorfose completa, com estágios de ovo, larva (lagarta), pupa (crisálida) e adulto (imago). Após a fecundação, as fêmeas começam a busca pela planta onde irão pôr seus ovos. Eles têm diversas formas e colorações, dependendo da fase de desenvolvimento. Cada espécie tem preferência pelas plantas-alimento para o desenvolvimento de suas lagartas.

Adultos fazem a postura dos ovos na planta hospedeira 

Euphorbiaceae

(Alchornea Sw. Alchornea glandulosa Poepp. & Endl.)

 

Essa espécie de borboleta, conhecida também como catone-azul-fosco, apresenta características completamente diferentes entre os sexos. Os machos são negros, com seis pontos laranja sobre o dorso das asas, enquanto as fêmeas são pretas com uma faixa amarela de luz em todo o centro das asas dianteiras.

Quando  estão com as asas fechadas, são  iguais poia apresentam uma cor acinzentada. Os machos costumam a ficar mais na copa das árvores, enquanto a fêmea procura plantas hospedeiras e fontes de néctar, em regiões mais próximas ao chão. 

Na fase lagarta da espécie, elas costumam ser bastante agressivas, inclusive umas com as outras e com isso, na maioria, ficam solitárias em uma folha. 

Na fase lagarta da espécie, costumam ser bastante agressivas para manter seus inimigos longe.

Comedor voraz, marcado por um crescimento muito rápido


Usam suas antenas em forma de (Clavas medievais) 

Como defesa contra possíveis predadores ou parasitóides.


Pupas; Costumam pupar solitariamente nas folhas da planta hospedeira, se confundindo aos predadores.
Pupa

Pupa

Pupa

A Criação em laboratório.

Na dura luta pela sobrevivência, as borboletas enfrentam uma multidão de predadores. São eles: as formigas, as aranhas, os louva-a-deus, as vespas, os sapos, os macacos, os lagartos, os ratos, os passarinhos, as lagartixas, os fungos e o homem, este seu pior predador. Enfim, parece até que todos os animais são seus predadores. Isso ocorre pelo fato de as borboletas serem inocentes, puras, indefesas, livres e, principalmente, belas.

Capturada uma fêmea e solta em um telado (borboletário) , onde ela encontra a planta hospedeira das suas lagartas, e irá efetuar a postura dos ovos que em breve período irão eclodir e emergir as suas lagartas.



(Modelo Mata Sta. Genebra, Campinas- SP)

Lagartas com uma semana são transferidas da planta do Borboletário para uma planta alimento (silvestre), que será devidamente protegida por um tipo de (gaiola) onde serão inoculadas as lagartas.
Em determinado momento, esta gaiola é retirada e levada ao laboratório onde será feita a recepção do material.
Com o devido cuidado o material é avaliado,

Lagartas, pré pupas e pupas são separadas


Pré-Pupas


Pupas

Lagartas.

O material é mantido protegido neste tipo de criação em todas as fases, com isso, o resultado final sempre chega perto do 100% de emergência de adultos por não haver a ação de predadores e parasitóides entre outros.

Uma gaiola contendo pupas e pré-pupas e outra com lagartas.

Então agora é aguardar a emergência dos adultos, separar casais e liberar a maioria para repovoarem a natureza e continuarem o ciclo, nossa ajudinha já demos.

Lembrando que Borboletas e mariposas, são essenciais para o equilíbrio da natureza  que ao se alimentarem do néctar das flores, tanto uma como a outra carregam e distribuem pólen, o que garante a reprodução de plantas do planeta