segunda-feira, 27 de janeiro de 2020

O que aconteceria se todos os insetos desaparecessem da face da Terra?


"Natura maxime miranda in minimus."
"É nas menores coisas que a natureza é mais admirável"
Johann Christian Fabricius.
borboletas-monarcaDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionA população de borboletas-monarca caiu 86% em 2018 na Califórnia, de acordo com um estudo
Insetos podem ser bem irritantes — com seus zumbidos, picadas ou quando caem na comida. Mas talvez devêssemos pensar duas vezes antes de mirá-los com o mata-moscas, raquetes ou inseticidas. Isso porque as populações de insetos ao redor do mundo estão em rápido declínio.
Os insetos desempenham um papel fundamental na produção de alimentos e na preservação de nosso ecossistema.
"Se tirássemos todos os insetos do mundo, também morreríamos", explicou Erica McAlister, curadora sênior do Museu de História Natural de Londres, ao programa da Crowd Science, do serviço mundial da BBC.
Os insetos quebram as estruturas biológicas, o que acelera o processo de decomposição. Isso ajuda a reabastecer o solo.
"Imagine se não tivéssemos insetos para nos livrarmos das fezes... Isso seria bastante desagradável. Sem insetos, estaríamos nadando em cocô, cheio de animais mortos", diz McAlister.
Eles também fornecem alimentos para pássaros, morcegos e pequenos mamíferos.
Um escaravelho (Scarabaeus Satyrus) rasteja sobre uma bola de estercoDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionOs insetos ajudam a manter o planeta limpo, acelerando a decomposição dos resíduos biológicos
"Cerca de 60% dos vertebrados dependem de insetos para viver, e muitas espécies de pássaros, morcegos, sapos e peixes de água doce também estão desaparecendo", explica Francisco Sanchez-Bayo, da Universidade de Sydney, na Austrália.
"A reciclagem de nutrientes depende fortemente da atividade de milhões de insetos que vivem no subsolo e em corpos d'água que não sejam os oceanos", diz ele à BBC.

Trabalho grátis

Além de ser uma valiosa fonte de alimento para outras espécies e servir aos ecossistemas pela reciclagem, os insetos fornecem outro serviço vital: a polinização, que é essencial para a produção de alimentos.
Abelha em florDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionUm estudo estimou o benefício da polinização em US$ 350 bilhões anuais
Um estudo recente estimou que nós, humanos, economizamos até US$ 350 bilhões anuais (R$ 1,4 trilhão, em valores atuais) em benefícios do serviço gratuito fornecido por insetos.
"A polinização por insetos é necessária para a maioria das plantas com flores, incluindo cerca de 75% de nossas plantas", diz Sanchez-Bayo.
No entanto, muitas vezes ignoramos a ajuda que recebemos dos insetos.
"Estima-se que haja 17 polinizadores envolvidos no processo de produzir chocolates [polinizando as plantações de cacau], dos quais cerca de 15 são minúsculos mordedores que todo mundo odeia. Um é uma formiga minúscula e a outra é uma micromariposa. Mas sabemos muito pouco sobre eles", diz McAlister.
O que sabemos é que, em muitos países, o número de espécies de polinizadores, como as abelhas selvagens, está em declínio.
Um homem tenta capturar gafanhotos em pé no telhado enquanto eles enxameiam a capital iemenita SanaaDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionOs insetos podem causar muitos problemas aos seres humanos
Algumas das espécies de borboletas conhecidas, incluindo a borboleta-monarca, que polinizam muitos tipos de flores silvestres, também estão em declínio.
Mas corremos o risco de ignorar o problema até que seja tarde demais?

Grandes números

O mundo dos insetos é muito grande. Segundo a Smithsonian Institution, dos Estados Unidos, o peso global total dos insetos existentes é 17 vezes o peso dos seres humanos.
Um trabalhador escolhe cerejas de café de uma planta de caféDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionOs cientistas dizem que sabemos muito pouco sobre os insetos que são benéficos para nós, como os que polinizam o café
O instituto estima que cerca de 10 quintilhões de insetos estão vivos na Terra (isso significa 10.000.000.000.000.000.000 de insetos).
Especialistas ainda não estão de acordo sobre quantas espécies de insetos existem — as estimativas variam de 2 milhões a 30 milhões.
Mas, diferentemente dos mamíferos, o estudo de longo prazo sobre insetos tem sido muito limitado.
Segundo a Smithsonian, conhecemos apenas cerca de 900 mil tipos diferentes de insetos.
Um corvo preto comendo um insetoDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionMuitos pássaros e outros animais dependem de insetos para sua alimentação

Extinção em massa

Porém, nem os números surpreendentes nem sua diversidade protegem os insetos da ameaça de extinção em massa.
Parte dos insetos está morrendo antes mesmo de ser descoberta e classificada.
"Temos exemplos capturados nas décadas de 1930 e 1940 que ainda precisam ser identificados. Seus habitats foram destruídos", diz McAlister.
abelhaDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionEm muitos países, a população de abelhas selvagens está em declínio

Previsões sombrias

Um relatório publicado na revista Biological Conservation, em fevereiro de 2019, mostra um cenário sombrio.
O documento afirma que a biomassa de insetos na Alemanha, Reino Unido e Porto Rico — três países onde o número de insetos tem sido estudado consistentemente nas últimas três décadas — está diminuindo 2,5% ao ano.
"O número populacional de cerca de 41% das espécies em todos os lugares estudados até agora está caindo", diz Francisco Sanchez-Bayo, coautor do relatório.
"Uma proporção semelhante de espécies não mostra mudança nos números, enquanto uma proporção menor de espécies está aumentando e se tornando mais abundante, talvez para preencher o vácuo deixado por aqueles que estão desaparecendo."
Alguns vêem os insetos como substitutos da carne, como alguns lugares da ChinaDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionAlguns vêem os insetos como substitutos para a carne

Diminuição alarmante

Um estudo de 2017 indicou que os insetos voadores haviam diminuído mais de 75% em quase 30 anos em 60 áreas protegidas na Alemanha.
Na ilha de Porto Rico, um acadêmico dos Estados Unidos constatou uma queda drástica de 98% no número de insetos ao longo de um período de quatro décadas.
Nesse ritmo, muitas espécies podem desaparecer.
"Se as tendências atuais não forem corrigidas, veremos o desaparecimento de uma enorme proporção de espécies de insetos (mais que a média atual de 41%) dentro de um século", diz Sanchez-Bayo.

Habitat

A perda de habitat devido à agricultura intensiva é vista como o principal fator que prejudica os insetos — como as moscas que polinizam os cacaueiros.
"Essas moscas pequenas precisam de árvores para a vida adulta. As larvas dos insetos vivem em folhas em decomposição. Se você faz monocultura, está se livrando de árvores que fornecem sombra — de que os adultos precisam — e você também se livrou do habitat, e as larvas precisam dele", diz McAlister.
O crescente uso de pesticidas químicos, espécies invasoras e aquecimento global também estão contribuindo para o declínio do número de insetos.
Baratas em laboratórioDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionDeclínio no número de predadores naturais pode causar aumento na população de insetos como as baratas

Baratas

A má notícia é que os insetos-praga, como as baratas, provavelmente reverterão essa tendência geral, porque parecem ter desenvolvido resistência a muitos pesticidas.
"Os insetos de criação rápida provavelmente vão prosperar por causa das condições mais quentes, porque muitos de seus inimigos naturais, que se reproduzem mais lentamente, desaparecerão", disse à BBC o professor Dave Goulson, da Universidade de Sussex.
"É bastante plausível que possamos acabar com pragas de alguns tipos de insetos, mas vamos perder abelhas, moscas-das-flores e borboletas."

Salvando insetos

Por outro lado, cientistas dizem que ainda temos tempo para tomar medidas corretivas.
"Isso inclui restaurar paisagens plantando árvores, arbustos e canteiros de flores ao redor dos campos, eliminar os pesticidas mais perigosos do mercado e implementar políticas eficazes de redução de emissão de carbono", diz Sanchez-Bayo.
Ele diz que decisões tomadas por indivíduos, como o consumo de alimentos orgânicos, também podem ajudar a mudar o destino dos insetos do mundo.
"Isso incentivaria os agricultores a reduzir a quantidade de pesticidas usados ​​em suas fazendas e, portanto, ajudaria a reduzir o ônus dessas substâncias tóxicas no meio ambiente."

quinta-feira, 23 de janeiro de 2020

Borboletas ameaçadas de extinção do Brasil.


Projeto: Como a ciência cidadã pode ajudar na conservação das borboletas ameaçadas de extinção do Brasil?

Você viu essas borboletas?







Família Papilionidae
Heraclides himeros himeros (Hopffer, 1865), ocorre nos estados: ES, RJ
Heraclides himeros baia (Rothschild & Jordan, 1906), ocorre nos estados: BA, TO, PB
Parides ascanius (Cramer, 1775), ocorre nos estados: ES, RJ
Parides tros danunciae (O. Mielke, Casagrande & C. Mielke, 2000), ocorre nos estados: PR, SC
Se você viu, vir ou conhece alguém que viu 👀, entre em contato por gentileza diretamente com:
Augusto Rosa (via mensagem no FACEBOOK) ou
e-mail augustohbrosa@hotmail.com

O lado esquerdo é a parte de cima da borboleta (vista dorsal) e o lado direito é a parte de baixo dela (vista ventral).
Baixem o guia das borboletas ameaçadas:

Tentem fotografar 📷 e nos envie para concluirmos a identificação correta.
Compartilhem 😄👍
Agradecemos a todos!
🦋🦋🦋🦋🦋


Project: How can citizen science aid in conservation of Brazilian threatened butterflies?
Have you seen these butterflies?
Family Papilionidae
Heraclides himeros himeros (Hopffer, 1865), found in the states of ES, RJ
Heraclides himeros baia (Rothschild & Jordan, 1906), found in the states of BA, TO, PB
Parides ascanius (Cramer, 1775), found in the states of ES, RJ
Parides tros danunciae (O. Mielke, Casagrande & C. Mielke, 2000), found in the states of PR, SC
If you saw, see or know someone that saw 👀, please contact directly:
Augusto Rosa (via message on FACEBOOK) or
email augustohbrosa@hotmail.com

The left side of the butterfly is dorsal view and the right side is ventral view.
Download the threatened brazilian butterflies guide:

https://1drv.ms/b/s!ArSO5K007HJd1HuZO7exMFvw051K?e=6SIs3p

Try to take a picture 📷 and send to us for a complete identification.
Share it 😄👍
All the best!

Obrigado ao colega 
Augusto Rosa que compartilhou esta  publicação.
Grande abraço.

terça-feira, 21 de janeiro de 2020

Possível extinção de borboletas nativas indica estado de saúde dos campos sulinos


A dificuldade de encontrar exemplares de borboleta da espécie Euryades corethrus, nativa dos campos sulinos do Brasil, indica não só que o animal pode estar em extinção, mas que o seu habitat está ameaçado. Há oito anos pesquisando esta espécie, o biólogo Guilherme Atencio informa que “locais que estavam sendo acompanhados nos últimos anos estão rapidamente se tornando vazios de fauna nativa”.
Fernando Gomes / Agencia RBS
Na entrevista a seguir, concedida por e-mail para a IHU On-Line, ele diz que depois de percorrer os campos do Rio Grande do SulSanta Catarina e Paraná e regiões do Uruguai e da Argentina, foi possível perceber que “locais oficialmente considerados como ‘preservados’ e que deveriam abrigar a borboleta, na verdade são mais degradados do que o esperado. Passamos 29 dias em campo, em seis expedições diferentes, e percorremos 10.000 km. Encontramos 63 lugares com campo que parecia adequado para a borboleta, mas mesmo assim só a encontramos em 14 desses locais”.
desaparecimento da espécie, segundo o pesquisador, pode estar relacionado a três hipóteses: à perda de habitat, às mudanças climáticas e ao uso de agrotóxicos na agricultura. “A perda de habitat para a agropecuária é um fato inegável, assim como a mudança climática. Esses dois fenômenos, com certeza, estão tendo algum impacto nestas borboletas, e apesar de nunca termos feito um estudo que avaliasse o impacto dos agrotóxicos nesta espécie em particular, é sabido que borboletas e mariposas são afetadas, sem falar no efeito indireto que esses produtos podem ter ao afetarem as plantas utilizadas por estes animais durante o seu ciclo de vida”, afirma.
Atencio explica ainda que o desaparecimento da espécie é preocupante porque ela desempenha funções importantes para manter o equilíbrio do ecossistema. Entre elas, o biólogo menciona que as borboletas funcionam “como indicadores ambientais, uma vez que elas podem nos dar pistas da ‘saúde’ do campo, exatamente como estamos vendo agora”.
Guilherme Atencio é graduado em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS, mestre e doutor em Biologia Animal pelo Departamento de Zoologia da UFRGS.

Confira a entrevista.

IHU On-Line – A sua tese de doutorado analisou a borboleta da espécie Euryades corethrus, chamada de campoleta. Quais são as conclusões da pesquisa sobre a situação dessa borboleta no Brasil? O que o senhor tem observado em relação a essa espécie desde que iniciou seus estudos?
Borboleta da espécie Euryades corethrus
Borboleta da espécie Euryades corethrus (Foto: EcoRegistros.org)
 Resultado de imagem para Euryades corethrus
Guilherme Atencio – Esta borboleta é nativa do sul do Brasil, mas o que está acontecendo com ela provavelmente se aplica às espécies do resto do país. O que nós vemos é que locais que estavam sendo acompanhados nos últimos anos estão rapidamente se tornando vazios de fauna nativa. Nestes oito anos trabalhando com esta espécie, percebemos que está cada vez mais difícil encontrá-la, assim como encontrar os campos nativos que são seu habitat.
IHU On-Line – Quais são os indícios de que esta borboleta possa estar em risco de extinção nos campos sulinos?
Guilherme Atencio – No nosso projeto, percorremos os campos do Rio Grande do SulSanta Catarina e Paraná, além de alguns locais no Uruguai e Argentina, e vimos que locais que oficialmente são considerados como “preservados” e que deveriam abrigar a borboleta, na verdade são mais degradados do que o esperado. Passamos 29 dias em campo, em seis expedições diferentes, e percorremos 10.000 km. Encontramos 63 lugares com campo que parecia adequado para a borboleta, mas mesmo assim só a encontramos em 14 desses locais. Ou seja, não basta ter campo, é preciso que ele esteja preservado.
IHU On-Line – O que a possível extinção dessa espécie de borboleta indica sobre a atual situação do ecossistema que ela costumava habitar?
Guilherme Atencio – A ausência dela em áreas de campo é preocupante, pois é uma espécie que tolera extremos de temperatura. Quem já foi para os campos do Pampa, sabe que os invernos são rigorosos e os verões são tórridos. Além disso, ela é encontrada em praças, jardins botânicos e parques, o que demonstra que é um animal que se adapta bem aos locais com presença humana. Então, se ela está desaparecendo, algo está causando isso, talvez indiretamente, pois se não houver a planta necessária para que ela se alimente, a borboleta também some.
IHU On-Line – Pesquisas recentes têm mostrado a correlação entre a morte de abelhas e o uso de agrotóxicos. Essa correlação também tem sido feita em relação às borboletas ou o desaparecimento delas é explicado por outros fatores? Com que hipóteses o senhor trabalha para explicar o desaparecimento delas?
Guilherme Atencio – Nós trabalhamos com três hipóteses: perda de habitatmudança climática e agrotóxicos. A perda de habitat para a agropecuária é um fato inegável, assim como a mudança climática. Esses dois fenômenos, com certeza, estão tendo algum impacto nestas borboletas, e apesar de nunca termos feito um estudo que avaliasse o impacto dos agrotóxicos nesta espécie em particular, é sabido que borboletas e mariposas são afetadas, sem falar no efeito indireto que esses produtos podem ter ao afetarem as plantas utilizadas por estes animais durante o seu ciclo de vida. Também não podemos descartar a possibilidade de que estes três fatores estejam agindo em conjunto.
IHU On-Line – Em que regiões do Brasil essa espécie costumava se concentrar e em que regiões ela já não aparece mais?
Guilherme Atencio – Ela costumava ser encontrada nos estados do Sul do Brasil (Rio Grande do SulSanta Catarina e Paraná), mas atualmente ela está praticamente desaparecida do Paraná e Santa Catarina. Nossas expedições indicam que o seu último refúgio seja o Rio Grande do Sul.
IHU On-Line – Que informações o senhor tem sobre a situação da campoleta em outros países, como Uruguai, Paraguai e Argentina? Lá também há uma diminuição da espécie? O que os estudos internacionais têm mostrado sobre a situação dessa espécie nos outros países?
Guilherme Atencio – Registros recentes no Uruguai e Argentina são escassos, tendo desaparecido de alguns locais nesses países. Lá também foi notada uma diminuição nesta espécie e em outra do mesmo gênero que não ocorre aqui, a Euryades duponchelii. Um pesquisador argentino que acompanha essas populações e já escreveu livros sobre as borboletas da Argentina, acredita que ela já esteja extinta na província de Buenos Aires, pois há anos ele não as encontra. Lá a situação dos campos parece ser igualmente calamitosa, com os mesmos problemas que temos aqui.
IHU On-Line – Qual é o papel desempenhado pelas borboletas enquanto polinizadores? Assim como as abelhas, elas são polinizadores importantes para a produção de alimentos?
Guilherme Atencio – Eu não gosto de justificar a preservação de animais e plantas pela sua “utilidade”, mas, sim, elas também são importantes como polinizadores.
IHU On-Line – Qual é a importância das borboletas para o ecossistema?
Guilherme Atencio – As borboletas desempenham vários papéis importantes. Entre eles, vou mencionar alguns:
  • Elas transformam matéria vegetal em comida para animais não herbívoros, uma vez que consomem muitas plantas quando estão crescendo, mas depois elas mesmas servem de comida para outros animais, como pássaros, por exemplo. Se elas sumirem, estes animais ficam sem comida e o ecossistema entra em colapso.
  • Elas também ajudam a manter a variedade genética das plantas do campo, pois elas carregam o pólen por grandes distâncias, ajudando a espalhá-lo.
  • Elas são predadoras de outros insetos, na prática agindo como controle biológico de outras espécies que sem elas virariam pragas.
  • Sua maior utilidade é como indicadores ambientais, uma vez que elas podem nos dar pistas da “saúde” do campo, exatamente como estamos vendo agora. Seu ciclo de vida é rápido e envolve pelo menos duas espécies de plantas. Então, monitorar essas populações nos dá um bom demonstrativo da condição destes locais. Além disso, o fato de serem animais coloridos e atrativos para a população, as torna candidatas ideais para servir como espécie-bandeira dos campos: se chamarmos atenção para a preservação desta espécie, estaremos fazendo campanha pela preservação do seu habitat e, por consequência, de todos os animais e plantas que ali habitam.
Além disso, gostaria de convidar as pessoas a nos visitar no Facebook (basta procurar por Laboratório de Ecologia de Insetos) e também pessoalmente nos eventos do UFRGS Portas Abertas ou qualquer outro dia. É só entrar em contato, que teremos o maior prazer em receber pessoas interessadas em conhecer e aprender mais sobre estes animais fascinantes.
(EcoDebate, 21/01/2020) publicado pela IHU On-line, parceira editorial da revista eletrônica EcoDebate na socialização da informação.
[IHU On-line é publicada pelo Instituto Humanitas Unisinos – IHU, da Universidade do Vale do Rio dos Sinos Unisinos, em São Leopoldo, RS.]