quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Heraclides thoas brasiliensis (rothschild & jordan 1906)

Heraclides thoas brasiliensis.

Adulto vista ventral

Adulto vista dorsal


Adultos, macho e fêmea em cópula.

Adultos, macho e fêmea em cópula.


 Suas lagartas têm seu corpo coberto de protuberâncias.  As cores são em tons de marrom e branco, que se alternam em faixas diagonais no corpo. Essa coloração lhes confere uma ótima camuflagem.



Lagartas

Muitas vezes podem passar por  excrementos de pássaros,

e ser deixadas em pás por inimigos naturais.




Contudo, e se tudo isto não funcionar contra possíveis predadores, a outra estratégia  pode ser a guerra química .

pois podem exalar um cheiro muito fétido pelos osmetérios,


que são estruturas longas e finas, retráteis  localizadas no primeiro segmento torácico, na cabeça.


Normalmente dá resultado.


Têm hábito diurno, solitário e se alimentam basicamente de plantas da família Rutaceae, em especial dos gêneros: Citrus, Esenbeckia e  Zanthoxylum (Brown, 1992), contudo, constantemente registramos uma maior  preferência por Em Limão-cravo, Citrus bigaradia


Limão-cravo, Citrus bigaradia


Contudo, hospedeiros alternativos fazem parte de nossos estudos, pois  conhecendo  e cultivando estas espécies,  se tem a possibilidade de optar e ou variar o (cardápio) dos indivíduos.

São principalmente espécies das famílias Piperaceae  , entre elas e a mais apreciada é a conhecida popularmente por Pariparoba, Capeba - Piper umbellatum L.
Ainda, dentro  de Rutaceae, a conhecida  Arruda, do gênero Ruta e espécie  graveolens é bem apreciada pelas lagartas. É conhecida como arruda-fedida ou arruda-doméstica e seu cultivo é simples.

 OvoS de Heraclides  possivelmente parasitado.


 Ovos de Heraclides possivelmente parasitado.

Nas fases de ovo, lagarta e pupa, podem  sofrer parasitismo  por vespas e micro vespas da ordem hymenoptera, e as pupas podem ser parasitadas também por díptera (moscas).
Adultos, se não predados por lagartos, aves entre outros, seguem em busca de plantas com flores para se alimentarem e em seguida ocorre a cópula que após o ato, as fêmeas procuram plantas hospedeiras de suas lagartas em onde irão por seus ovos.

Lagartas em Pariparoba, Capeba - Piper umbellatum L.


Lagartas em Pariparoba, Capeba - Piper umbellatum L.


Em uma criação controla e assistida, podemos conseguir uma grande porcentagem de adultos, pois são puladas as fases de parasitismo e ou predação por este material estar  protegidos por telas finas.



Lagartas protegidas em galho de Limão-cravo, Citrus bigaradia



Lagartas protegidas em galho de Limão-cravo, Citrus bigaradia


Lagartas protegidas em galho de Limão-cravo, Citrus bigaradia


Lagartas protegidas em galho de Limão-cravo, Citrus bigaradia

O sistema de criar lagartas protegidas em galhos da planta hospedeira, já era usada e divulgada pelo grande mestre * Sr. Ivo Rank, que é reconhecidamente tradicional na atividade e relacionamento com borboletas.
Devo fazer uma pequena homenagem a tal homem, *Meus respeitos e apreço a esta pessoa que me iniciou nas minhas conquistas na arte de criar estes que são os mensageiros da paz, também conhecidas como (borboletas).

Muito obrigado Sr. Ivo Rank.

O sistema de criação de lagartas na própria planta, protegida de possíveis inimigos naturais pode ser feito no campo onde estas são cultivadas e após a coleta do material, a planta se regenera.



Criação de lagartas na própria planta


Criação de lagartas na própria planta



Planta não tão danificada pode se regenerar.



Nem todo material é sempre perfeito


Pode ocorrer alguns defeitos,
contudo o adulto emerge normal



Na grande maioria as pupas são perfeitas.


Na grande maioria as pupas são perfeitas.

O resultado de uma criação bem conduzida sempre se obtém ótimo resultado concluindo com a soltura de muitos indivíduos adultos.




Pupas coletadas em criação.




Pupas nos galhos de gaiola protegida



Resultado final 


emergindo...


quase lá...

E pronta para o voo.
Boa sorte.


O segredo é não correr atrás das borboletas…
É cuidar do jardim para que elas venham até você.
No final das contas, você vai achar,
não quem você estava procurando,
mas quem estava procurando por você!


segunda-feira, 16 de novembro de 2015

População de borboleta-monarca deve quadruplicar, diz México.



Lagarta de Borboleta monarca se alimentando.


Lagarta em Folhas de Asclepias physocarpaUma de suas plantas alimento.

As borboletas-monarcas (Danaus plexippus) são nativas das Américas do Norte e do Sul. No século XVII, entretanto, espalharam-se para outras partes do mundo. As monarcas foram vistas primeiramente no Havaí por volta de 1840 e posteriormente em várias ilhas do Pacífico Sul entre 1850 e 1860 (Ackery e Vane-Wright, 1984). No início da década de 1870, as primeiras monarcas foram reportadas na Austrália e Nova Zelândia (Gibbs, 1994). Não está claro exatamente como e por que a emigração ocorreu. Uma possibilidade seria o transporte das monarcas em navios, tanto como larvas levadas a bordo com asasclépias do estaleiro ou como monarcas adultas que pousaram nos navios que fariam viagens oceânicas. É muito provável o envolvimento de humanos no processo, porém não se sabe até que ponto. Pelo fato de as monarcas da América do Norte geralmente conseguirem voar mais de 2.200 Km durante a migração, é possível que algumas tenham percorrido a jornada sozinhas (Vane-Wright, 1993)

Asclepias physocarpaUma das plantas alimento de sua lagarta.

População de borboleta-monarca pode  aumentar muito, diz México. 

Autoridades esperam que quantidade de indivíduos da espécie que migram do Canadá para o sul seja quatro vezes maior neste ano.Número de borboletas sofreu forte queda nas últimas duas décadas. Estudo revela origem da migração das borboletas-monarca. A população da icônica borboleta-monarca pode quadruplicar neste ano, anunciaram autoridades ambientais do México nesta quinta-feira (12/11), citando os esforços conjuntos de México, Canadá e Estados Unidos. Milhões de borboletas-monarcas migram do Canadá para o México todo inverno, percorrendo cerca de 4 mil quilômetros. A viagem não é apenas um espetáculo fascinante da natureza, mas também crucial para o ecossistema inteiro – pesquisadores tentam descobrir em que medida."Estimamos que o número de borboletas que chegam à reserva seja três ou quatro vezes maior que a área que elas ocuparam na última estação", disse o secretário do Meio Ambiente mexicano, Rafael Pacchiano, em uma conferência de imprensa na reserva de Piedra Herrada. A população das borboletas-monarcas tem sofrido uma queda constante desde meados dos anos 1990, quando eram cerca de um bilhão, tendo chegado a 35 milhões entre 2013 e 2014.
 Asclepias curassavicaOficial de sala.Uma das plantas alimento de sua lagarta
Esforços conjuntos
A secretária do Interior dos EUA, Sally Jewell, que falou a jornalistas ao lado de Pacchiano, disse que os países da América do Norte estão concentrando esforços para impedir a exploração ilegal de madeira e plantar mais asclepias, planta importante para o processo reprodutivo das borboletas-monarcas. Os especialistas também disseram que os pesticidas prejudicam significativamente as borboletas, o que levou as autoridades ambientais a criarem zonas livres de pesticidas."México, EUA e Canadá têm muitas espécies que não conhecem as nossas fronteiras políticas, que as cruzam livremente", disse Jewell. O objetivo é ter "225 milhões de borboletas-monarcas regressando ao México a cada ano. Acreditamos que podemos chegar lá trabalhando em conjunto, e parece que estamos no caminho, é o que esperamos", acrescentou Jewell. Cientistas ainda precisam descobrir como a espécie é capaz de fazer seu trajeto anual, sendo que nem uma única borboleta-monarca faz a viagem completa, de ida e volta.
AF/rtrs/afp/ap
http://borboletasbr.blogspot.com.br/2011/02/monarca-em-asclepias-physocarpa.html