quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

Borboleta-coruja Caligo beltrao

A borboleta-coruja confunde predadores com estampa das asas.

Espécie que ocorre no Leste do Brasil ganhou o nome popular por apresentar um “olho” nas asas.

Apos a cópula, as fêmeas procuram a planta hospedeira de suas lagartas.


                                    Borboleta-coruja vive cerca de três meses (Foto: Rudimar Narciso Cipriani)

Ao percorrermos uma trilha em um parque, mata ou área preservada, muitas vezes buscamos observar tudo ao nosso redor. Plantas, aves e insetos são exemplos de vidas que podem chamar a nossa atenção durante o caminho.

Encontrada a planta, é feita a postura dos ovos.


Entre vaivéns pelos caminhos, muitos seres passam despercebidos. Outros, porém, ganham nossa atenção por particularidades. Um exemplo disso é a borboleta-coruja (Caligo beltrão). A espécie de asas castanhas, semelhantes ao tronco de uma árvore, destaca-se principalmente pelo “olho” que possui em meio às asas e dá origem ao nome popular. O desenho circular amarelo e preto remete aos olhos dos rapinantes. Acredita-se que esta estampa natural ajude a driblar os predadores, já que passa a impressão de ser um animal maior e mais perigoso do que é de fato.

Também conhecida como corujão, esta espécie ocorre na região Leste do Brasil e pode ser encontrada em beira de matas ou ainda em bananeiras, onde costuma se alimentar das folhas quando ainda é lagarta. Na fase em que se torna borboleta, alimenta-se em frutas caídas no chão e também em fezes de animais.

Lagartas se desenvolvem até a fase de pupa e depois emerge o adulto.


Não à toa é considerada uma das maiores exemplares de borboletas do País: a envergadura pode atingir 18 centímetros. A fêmea é maior que o macho, porém são menos coloridas que os parceiros. Vive cerca de três meses e é considerada uma espécie ameaçada, devido à captura criminosa e à destruição de seu hábitat.

Nome Científico:Caligo beltrao
Família:Nymphalidae.
Ordem:Lepidoptera
Distribuição:Típica da região Leste do Brasil.
Habitat:Vive junto à beirada de matas ou bananeiras.
Alimentação:Essencialmente folhas de bananeira família Musaceae (enquanto lagarta) e quando adultos (borboletas) de frutos caídos no chão além de fezes de animais.

Reprodução:Após o acasalamento, a fêmea começa a botar seus ovos. Em geral as lagartas vão se desenvolver em bananeiras e em outras plantas da família das ciperáceas (semelhante a gramíneas) e marantáceas (composta de ervas dotadas de ampla e bela folhagem, flores hermafroditas, assimétricas e heteroclamídeas).


 O ciclo continua.


Saiba mais:O nome já diz tudo. 

Nas asas, pelo lado de dentro, ela tem um desenho semelhante ao rosto de uma coruja, com destaque para os olhos enormes e abertos. Dizem que esta estampa serve de maneira eficiente para driblar seus predadores. Ou seja: parece um animal maior e mais perigoso do que realmente é. Também é conhecida como corujão. 


Já pelo lado de fora, tem um azul magnífico, com detalhes em preto (aliás, a asa azul nunca perde a sua cor, mesmo depois de anos de sua morte). De hábitos crepusculares quando adulta (voa lentamente ao amanhecer e ao anoitecer), ela é um dos maiores exemplares de borboletas que se tem notícia (chega a medir até 18 centímetros de envergadura). 

Efêmera, como a maior parte da espécie, a borboleta-coruja vive aproximadamente três meses. Mas até chegar a esta fase (entenda-se a metamorfose completa) leva cerca de 105 dias. 

Em geral as fêmeas são maiores e menos coloridas que os machos. Uma coisa é certa: nenhum exemplar é igual ao outro (como uma impressão digital). 

Um de seus principais inimigos é a vespa, que colocam seus ovos na borboleta-coruja de qualquer sexo. E suas larvas, literalmente, as parasitam. 

Inseticidas usados nas plantações de banana também costumam causar sua morte. Soma-se a isso, está ameaçada por captura criminosa e pela destruição de seu habitat. 

Fonte: 

https://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/terra-da-gente/fauna/noticia/borboleta-coruja-confunde-predadores-com-estampa-das-asas.ghtml

http://faunaeflora.terradagente.g1.globo.com/fauna/invertebrados/NOT,0,0,1223144,Borboleta-coruja.aspx


segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

A morte de Haroldo Palo Jr. e a importância da fotografia da natureza.


Uma grande perda. 


 (Foto: Reprodução/ Facebook)

(Minhas lembranças infantis, sobretudo as das férias em Teresópolis, estão repletas de histórias de borboletas. Quando eu tinha uns 10 anos de idade, meu pai me chamou no jardim para mostrar, embaixo de uma folha larga, dezenas de ovos que haviam sido depositados por uma borboleta. “Estes ovos vão eclodir e daqui a alguns dias essa planta estará cheia de lagartas”, disse Armando.
Dito e feito, uma semana depois, dezenas de lagartas verdes com pontinhos negros se amontoavam nas folhas. À medida que cresciam, as lagartas aumentavam seu apetite e devoravam com vigor quase todas as folhas da planta que tão generosamente havia hospedado os ovos.) 

No dia 25 de novembro, depois de um infarto agudo do miocárdio, a fotografia de natureza se despediu de um de seus grandes mestres: Haroldo Palo Jr., autor e editor (editora Vento Verde) de obras fundamentais como: O Guia de Identificação das Aves do Brasil, do ornitólogo Rolf Grantsau, considerado para muitos o mais importante guia de aves já publicado no país; o guia Borboletas do Brasil – Butterflies of Brazil, que contou com a colaboração de 80 fotógrafos da natureza, muitos deles amadores.
Engenheiro eletrônico e de computação de formação, dedicou-se a partir de 1979 a registrar as belezas naturais do Brasil e do mundo, chegando a fazer oito expedições para a Antártida, e a chefiar, na década de 1980, uma equipe da expedição que o documentarista Jacques Coustea fez ao Brasil.
Somente com a ampla divulgação do trabalho de pessoas como Haroldo Palo Jr. é que a humanidade entenderá a importância de ações preservacionistas e que a contemplarão da natureza pode fazer parte do dia a dia, sendo atividade significativa de alívio da correria e do stress da vida moderna.

Haroldo Palo Jr. tem como importante legado, dentro da grandeza de sua obra, incutir nas pessoas a visão de que o humano e o natural são partes de um todo que e complementam. Nas poucas vezes em que retrata o ser humano não o faz com o hiato entre ele e o meio que o circunda – o mantem nativo, de forma genuína, mesmo quando em atentado flagrante contra a sua essência. Ao derrubar uma árvore o homem derruba a si mesmo.
Meus respeitos a este grande homem.











Texto, fotos, dicas de como adquirir a coleção e mais a respeito de sua trajetória e obras, pode ser visto nos link´s abaixo.



A morte de Haroldo Palo Jr. e a importância da fotografia da natureza
http://revistagalileu.globo.com/Ciencia/noticia/2017/12/morte-de-haroldo-palo-jr-e-importancia-da-fotografia-da-natureza.html
http://epoca.globo.com/sociedade/viajologia/noticia/2017/08/o-encanto-das-borboletas-brasileiras-em-mais-de-quatro-mil-fotos.html
Postagem respeitando os direitos autorais das revistas epoca/globo e galileu.