quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Heraclides thoas brasiliensis (rothschild & jordan 1906)

Heraclides thoas brasiliensis.

Adulto vista ventral

Adulto vista dorsal


Adultos, macho e fêmea em cópula.

Adultos, macho e fêmea em cópula.


 Suas lagartas têm seu corpo coberto de protuberâncias.  As cores são em tons de marrom e branco, que se alternam em faixas diagonais no corpo. Essa coloração lhes confere uma ótima camuflagem.



Lagartas

Muitas vezes podem passar por  excrementos de pássaros,

e ser deixadas em pás por inimigos naturais.




Contudo, e se tudo isto não funcionar contra possíveis predadores, a outra estratégia  pode ser a guerra química .

pois podem exalar um cheiro muito fétido pelos osmetérios,


que são estruturas longas e finas, retráteis  localizadas no primeiro segmento torácico, na cabeça.


Normalmente dá resultado.


Têm hábito diurno, solitário e se alimentam basicamente de plantas da família Rutaceae, em especial dos gêneros: Citrus, Esenbeckia e  Zanthoxylum (Brown, 1992), contudo, constantemente registramos uma maior  preferência por Em Limão-cravo, Citrus bigaradia


Limão-cravo, Citrus bigaradia


Contudo, hospedeiros alternativos fazem parte de nossos estudos, pois  conhecendo  e cultivando estas espécies,  se tem a possibilidade de optar e ou variar o (cardápio) dos indivíduos.

São principalmente espécies das famílias Piperaceae  , entre elas e a mais apreciada é a conhecida popularmente por Pariparoba, Capeba - Piper umbellatum L.
Ainda, dentro  de Rutaceae, a conhecida  Arruda, do gênero Ruta e espécie  graveolens é bem apreciada pelas lagartas. É conhecida como arruda-fedida ou arruda-doméstica e seu cultivo é simples.

 OvoS de Heraclides  possivelmente parasitado.


 Ovos de Heraclides possivelmente parasitado.

Nas fases de ovo, lagarta e pupa, podem  sofrer parasitismo  por vespas e micro vespas da ordem hymenoptera, e as pupas podem ser parasitadas também por díptera (moscas).
Adultos, se não predados por lagartos, aves entre outros, seguem em busca de plantas com flores para se alimentarem e em seguida ocorre a cópula que após o ato, as fêmeas procuram plantas hospedeiras de suas lagartas em onde irão por seus ovos.

Lagartas em Pariparoba, Capeba - Piper umbellatum L.


Lagartas em Pariparoba, Capeba - Piper umbellatum L.


Em uma criação controla e assistida, podemos conseguir uma grande porcentagem de adultos, pois são puladas as fases de parasitismo e ou predação por este material estar  protegidos por telas finas.



Lagartas protegidas em galho de Limão-cravo, Citrus bigaradia



Lagartas protegidas em galho de Limão-cravo, Citrus bigaradia


Lagartas protegidas em galho de Limão-cravo, Citrus bigaradia


Lagartas protegidas em galho de Limão-cravo, Citrus bigaradia

O sistema de criar lagartas protegidas em galhos da planta hospedeira, já era usada e divulgada pelo grande mestre * Sr. Ivo Rank, que é reconhecidamente tradicional na atividade e relacionamento com borboletas.
Devo fazer uma pequena homenagem a tal homem, *Meus respeitos e apreço a esta pessoa que me iniciou nas minhas conquistas na arte de criar estes que são os mensageiros da paz, também conhecidas como (borboletas).

Muito obrigado Sr. Ivo Rank.

O sistema de criação de lagartas na própria planta, protegida de possíveis inimigos naturais pode ser feito no campo onde estas são cultivadas e após a coleta do material, a planta se regenera.



Criação de lagartas na própria planta


Criação de lagartas na própria planta



Planta não tão danificada pode se regenerar.



Nem todo material é sempre perfeito


Pode ocorrer alguns defeitos,
contudo o adulto emerge normal



Na grande maioria as pupas são perfeitas.


Na grande maioria as pupas são perfeitas.

O resultado de uma criação bem conduzida sempre se obtém ótimo resultado concluindo com a soltura de muitos indivíduos adultos.




Pupas coletadas em criação.




Pupas nos galhos de gaiola protegida



Resultado final 


emergindo...


quase lá...

E pronta para o voo.
Boa sorte.


O segredo é não correr atrás das borboletas…
É cuidar do jardim para que elas venham até você.
No final das contas, você vai achar,
não quem você estava procurando,
mas quem estava procurando por você!


segunda-feira, 16 de novembro de 2015

População de borboleta-monarca deve quadruplicar, diz México.



Lagarta de Borboleta monarca se alimentando.


Lagarta em Folhas de Asclepias physocarpaUma de suas plantas alimento.

As borboletas-monarcas (Danaus plexippus) são nativas das Américas do Norte e do Sul. No século XVII, entretanto, espalharam-se para outras partes do mundo. As monarcas foram vistas primeiramente no Havaí por volta de 1840 e posteriormente em várias ilhas do Pacífico Sul entre 1850 e 1860 (Ackery e Vane-Wright, 1984). No início da década de 1870, as primeiras monarcas foram reportadas na Austrália e Nova Zelândia (Gibbs, 1994). Não está claro exatamente como e por que a emigração ocorreu. Uma possibilidade seria o transporte das monarcas em navios, tanto como larvas levadas a bordo com asasclépias do estaleiro ou como monarcas adultas que pousaram nos navios que fariam viagens oceânicas. É muito provável o envolvimento de humanos no processo, porém não se sabe até que ponto. Pelo fato de as monarcas da América do Norte geralmente conseguirem voar mais de 2.200 Km durante a migração, é possível que algumas tenham percorrido a jornada sozinhas (Vane-Wright, 1993)

Asclepias physocarpaUma das plantas alimento de sua lagarta.

População de borboleta-monarca pode  aumentar muito, diz México. 

Autoridades esperam que quantidade de indivíduos da espécie que migram do Canadá para o sul seja quatro vezes maior neste ano.Número de borboletas sofreu forte queda nas últimas duas décadas. Estudo revela origem da migração das borboletas-monarca. A população da icônica borboleta-monarca pode quadruplicar neste ano, anunciaram autoridades ambientais do México nesta quinta-feira (12/11), citando os esforços conjuntos de México, Canadá e Estados Unidos. Milhões de borboletas-monarcas migram do Canadá para o México todo inverno, percorrendo cerca de 4 mil quilômetros. A viagem não é apenas um espetáculo fascinante da natureza, mas também crucial para o ecossistema inteiro – pesquisadores tentam descobrir em que medida."Estimamos que o número de borboletas que chegam à reserva seja três ou quatro vezes maior que a área que elas ocuparam na última estação", disse o secretário do Meio Ambiente mexicano, Rafael Pacchiano, em uma conferência de imprensa na reserva de Piedra Herrada. A população das borboletas-monarcas tem sofrido uma queda constante desde meados dos anos 1990, quando eram cerca de um bilhão, tendo chegado a 35 milhões entre 2013 e 2014.
 Asclepias curassavicaOficial de sala.Uma das plantas alimento de sua lagarta
Esforços conjuntos
A secretária do Interior dos EUA, Sally Jewell, que falou a jornalistas ao lado de Pacchiano, disse que os países da América do Norte estão concentrando esforços para impedir a exploração ilegal de madeira e plantar mais asclepias, planta importante para o processo reprodutivo das borboletas-monarcas. Os especialistas também disseram que os pesticidas prejudicam significativamente as borboletas, o que levou as autoridades ambientais a criarem zonas livres de pesticidas."México, EUA e Canadá têm muitas espécies que não conhecem as nossas fronteiras políticas, que as cruzam livremente", disse Jewell. O objetivo é ter "225 milhões de borboletas-monarcas regressando ao México a cada ano. Acreditamos que podemos chegar lá trabalhando em conjunto, e parece que estamos no caminho, é o que esperamos", acrescentou Jewell. Cientistas ainda precisam descobrir como a espécie é capaz de fazer seu trajeto anual, sendo que nem uma única borboleta-monarca faz a viagem completa, de ida e volta.
AF/rtrs/afp/ap
http://borboletasbr.blogspot.com.br/2011/02/monarca-em-asclepias-physocarpa.html

terça-feira, 11 de agosto de 2015

Estudo diz que mudanças climáticas ameaçam borboletas britânicas

Extinção de espécies sensíveis à seca poderia ocorrer antes de 2050.
Borboletas podem indicar efeitos em outros insetos.
Da France Presse


Borboleta da espécie Aphantopus hyperantus, uma das espécies ameaçadas na Grã-Bretanha (Foto: Jim Asher)
Borboleta da espécie Aphantopus hyperantus, uma das espécies ameaçadas na Grã-Bretanha
(Foto: Jim Asher)

Conhecida como borboleta malhadinha, a espécie Pararge aegeria também corre risco de extinção (Foto: Jim Asher)Conhecida como borboleta malhadinha, a espécie Pararge aegeria também corre risco de extinção
(Foto: Jim Asher/Nature Climate Change)

Esforços para conter as mudanças climáticas juntamente com medidas adotadas localmente no interior da Grã-Bretanha são as únicas possibilidades que podem salvar certas espécies de borboletas que, caso contrário, desaparecerão nas próximas décadas, afirma um estudo publicado na  revista "Nature Climate Change" nesta segunda-feira (10).
Segundo o artigo,  "a extinção das borboletas sensíveis à seca poderia ocorrer antes de 2050". Se a emissão de gases do efeito estufa continuar da forma atual, as chances de que certas espécies nativas das ilhas britânicas sobrevivam são "em torno de zero", conclui o estudo.
Proteger áreas selvagens e principalmente evitar a fragmentação de seus hábitats naturais dará às borboletas a possibilidade de sobreviver.
Essas medidas, combinadas com a limitação de 2º C do aquecimento do planeta, aumentará as probabilidades de sobrevivência a 50%, disseram os pesquisadores.
A meta de dois graus em relação à temperatura na era pré-industrial foi adotado pelos 195 membros da ONU que vão negociar no fim do ano, em Paris, um novo pacto global para salvar o planeta.
Em nenhum lugar do mundo as borboletas foram tão estudadas como na Grã-Bretanha pelo último século.
Um grupo de cientistas liderado por Tom Oliver, do Centro de Ecologia e Hidrologia de Oxfordshire, examinou dados coletados em 129 lugares para observar como 28 espécies respondiam às severas secas de 1995.
Os pesquisadores suspeitam que secas ocasionais e isoladas foram tão devastadoras para algumas espécies quanto o aumento gradual na temperatura global.
Enquanto a seca de 1995 foi a pior já registrada, episódios semelhantes se tornarão mais frequentes na medida em que avançam as mudanças climáticas.
Mais de um quinto das espécies, segundo o estudo, perdeu grande parte da população durante o período. Foi descoberta uma ligação direta entre a paisagem e resiliência: quando mais fragmentado o habitat, mais tempo demoram as espécies a se recuperar.
"Os conservacionistas reconhecem cada vez mais a importância de reduzir a fragmentação dos hábitats naturais em vez de se contentar com administrar 'ilhas' protegidas em meio a ambientes hostis de intensa agricultura", disse Oliver à AFP.
Valor na biodiversidade

As borboletas de outros países com alto grau de industrialização agrícola que também sofrem com as mudanças climáticas podem estar igualmente em perigo. Em áreas "que são mais quentes e secas, o impacto pode ser muito mais severo", explicou.

As conclusões do estudo vão além da beleza das borboletas e seu valor em termos de biodiversidade. São muitas vezes utilizadas como um indicador do destino dos outros tipos de insetos.
Se as secas agravadas pelas mudanças climáticas tiverem um impacto similar em espécies como abelhas, libélulas e besouros, constatou Oliver, uma parte importante da nossa biodiversidade poderia ser ameaçada.
"Muitas dessas espécies oferecem funções essenciais para a vida humana, como a polinização, eliminação de pragas e decomposição de resíduos", prosseguiu.

Borboleta da espécie Ochlodes sylvanus (Foto: Tim Melling)Borboleta da espécie Ochlodes sylvanus (Foto: Tim Melling/Nature Climate Change)
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quarta-feira, 29 de julho de 2015

Apatura iris, cuja beleza esconde alguns hábitos alimentares nojentos.

Apatura iris é uma espécie  de borboleta, pertencente à família NymphalidaeA autoridade científica da espécie é Linnaeus, tendo sido descrita no ano de 1758.

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Apatura iris

Se você é do tipo que sonha com férias de verão no Reino Unido, poderá encontrar grupos de pessoas vagando por florestas carregando coisas bem esquisitas – incluindo peixe podre, queijo fedido e fraldas sujas. Calma, você não encontrou nenhum tipo de seita pelo seu caminho; eles estão lá para atrair a imperador-roxo, uma das borboletas mais esquivas da Grã-Bretanha, cuja beleza esconde alguns hábitos alimentares nojentos.
Segundo um dos entusiastas, Neil Hulme, o primeiro encontro com uma destas é inesquecível. “Meu pai e eu estávamos andando pela floresta, e nos deparamos com uma mulher de 30 anos vestindo calças com a bandeira dos EUA e abaixada. Alguns homens vestindo com câmeras e lentes longas estavam a fotografando por trás”, relembrou em entrevista à BBC. Ele se aproximou e percebeu que eles estavam tirando fotos de uma borboleta imperador-roxo que havia pousado nas costas dela.
Hulme ficou paralisado pela criatura, especialmente quando ela pousou na gola de sua camisa, ao que foi cercado pelos paparazzi de borboleta. “Em otimismo cego, estendi minha mão como um falcoeiro faria e ela pousou no meu dedo. Foi uma experiência incrível. Eu fiquei viciado”.
Assim começou um caso de amor de décadas, ao qual dedicou todos os seus verões em busca desta borboleta misteriosa – Iris, o nome do meio de sua filha, inclusive, é uma homenagem ao nome científico do inseto,Apatura iris.
O animal é tão elusivo porque só aparece uma vez por ano, durante o mês de julho.

A fêmea não possui a mesma cor vibrante do macho
A fêmea não possui a mesma cor vibrante do macho

Hábitos alimentares

A imperador-roxo é rara entre as borboletas. Ela evita flores, preferindo procurar alimento em cadáveres putrefatos de animais, fezes, poças de lama e até mesmo suor humano. Ela habita as copas das árvores e os machos, que ostentam o visual roxo, passam suas breves vidas “bêbados de seiva de carvalho, brigando em pleno ar e perseguindo fêmeas virgens”, diz Hulme. “Ele ataca tudo o que entra em seu espaço aéreo – chega a tentar perseguir grandes aves como urubus. E tem péssimos modos à mesa”.
O comportamento estranho de “Sua Majestade” – como a imperador é carinhosamente conhecida – inspira comportamentos igualmente incomuns em pessoas. Na propriedade do Castelo Knepp, a paisagem fica pontilhada por pessoas carregando enormes câmeras e binóculos.
Uma delas é Hazel Land, uma mulher de 71 anos que viajou cerca de quatro horas em busca do inseto misterioso. De seu bolso, ela tira um pedaço de queijo fedido, levemente envolto em papel-filme. “É a minha isca”, conta. “E você sempre pode comer um pouco no almoço”.
Já Hulme, que agora trabalha para associação de caridade Butterfly Conservation, tem sua própria receita secreta – uma pasta de camarão indonésio com um cheiro detestável chamado Belachan, que ele mistura com água quente e espalha nas trilhas. Às vezes, ele acrescenta peixe em conserva.

borboleta imperador-roxo (3)

Iscas nojentas

As pessoas tentam todos os tipos de coisas ridículas para atrair estas borboletas para o chão, tudo por uma fotografia cobiçada de suas asas resplandecentes. Isso inclui o uso de animais mortos por atropelamento, cocô de cachorro, peixe podre e até fraldas de bebês. Acredita-se que as borboletas sejam atraídas por sais e minerais.
“Meu amigo Matthew uma vez içou um salmão de 7 kg até o topo de uma árvore”, conta Hulme. “Esterco de raposa encharcado de urina é uma das iscas mais atraentes que há para a imperador-roxo. E existe uma boa pasta de peixe de Gana chamada Shito, embora eu não esteja conseguindo encontrá-la há alguns anos”. Na floresta Bentley, em Hampshire, as pessoas tradicionalmente penduram cascas de banana podre por aí – embora Hulme duvide um pouco da sua eficácia.
Um clérigo, o reverendo John Prebendary Woolmer, chegou a investir no poder da oração. Ele realiza um culto na floresta no início de cada temporada de imperador-roxo no condado de Northamptonshire para abençoar os passeios florestais. Sua estola roxa é bordada com borboletas.

Costume antigo

Embora incomuns, as táticas desses caçadores de borboletas não são novidade. A tradição de atrair estes insetos impressionantes remonta pelo menos 250 anos. Na época vitoriana, o auge da coleção de borboletas, caçadores atraíam imperadores-roxos com carcaças de corvos e coelhos em decomposição. Já no início do século XX, o lepidopterista I. R. P. Heslop comprou uma caçamba de estrume de porco para usar como isca e projetou uma rede de 11 metros de altura para caçá-las nas copas das árvores.
Mais recentemente, as pessoas têm usado plataformas elevadas – aquelas parecidas com as do carros de bombeiros – para tentar chegar até elas, ou mesmo tentam assustá-las com balões de hélio roxos ou arremessando torrões de lama. Hulme quer usar um drone, mas as hélices teriam que ser protegidas.
Matthew Oates, que içou o salmão, autor de “In Pursuit of Butterflies” (“Em busca de borboletas”, em tradução livre), é o maior especialista na imperador-roxo do Reino Unido, tendo dedicado 45 anos para tentar compreendê-la. Em anos anteriores, ele fez fétidos “banquetes de borboleta” em mesas montadas na floresta, com pratos de camarão podre e fatias fermentadas de águas-vivas para atrair os insetos.

Purple Emperor male (Apatura iris)

Segundo o especialista, só agora alguns dos mistérios que cercam esta borboleta estão começando a ser desvendados. “Muito do conhecimento sobre a imperador-roxo era suposição e mitologia – há enormes áreas sobre sua ecologia e outras dimensões sobre as quais não sabemos”, diz. “Por exemplo, sempre se pensou que elas eram dependentes de antigas florestas de carvalho. Na verdade, as lagartas alimentam-se do amento de pequenos arbustos do gênero Salix“.

Restauração ambiental

Tradicionalmente, esta moita era vista pelos guardas florestais como uma erva daninha e arrancada. Porém, em Knepp, um projeto de “retorno à vida selvagem” elaborado pelo proprietário do imóvel, Charlie Burrell, deve permitir que partes da terra retornem ao seu estado pré-agrícola natural e tem permitido que o habitat destes arbustos se desenvolvesse ao longo dos últimos 15 anos.
Em seguida, houve um boom na população destas borboletas, atingindo números surpreendentes neste ano. Isso pode marcar um enorme passo para a conservação da espécie.

Lagarta da imperador-roxo
Lagarta da imperador-roxo

Até agosto, as últimas imperador-roxo vão morrer. “Você fica triste quando acaba por mais um ano”, confesa Hulme. “Imperadores-roxos são esta maravilhosa celebração do verão britânico”.

“Sua Majestade”

A imperador-roxo foi definida pela primeira vez como espécie em 1758 e é uma das maiores borboletas do Reino Unido, perdendo apenas para a família Papilionidae, com uma envergadura de asas de até 8,4 centímetros. A borboleta adulta emerge no início de julho, com picos nas segunda e terceira semanas do mesmo mês. Ela é encontrada principalmente em florestas no centro sul da Inglaterra. Sua natureza elusiva torna difícil estabelecer quantas delas existem no Reino Unido, mas é considerada uma espécie que precisa ser conservada. [BBC]

***Fonte; http://hypescience.com/conheca-borboleta-que-se-alimenta-de-carne-podre/

sexta-feira, 3 de julho de 2015

TRIBUTO AO Sr. IVO RANK.

SÃO BENTO DO SUL – HISTÓRIA, CULTURA E TRADIÇÃO EM BORBOLETAS.


FAMÍLIA RANK - FRANCISCO RANK.

*Meus respeitos e apreço a esta pessoa que me iniciou nas minhas conquistas na arte de criar estes que são os mensageiros da paz, também conhecidas como (borboletas).
Muito obrigado Sr. Ivo Rank.

João Angelo Cerignoni


HISTÓRIA

            A família Rank é reconhecidamente tradicional na atividade e relacionamento com borboletas.


            Francisco Rank trabalhou na Usina Hidrelétrica Rio Vermelho construída em 1926. Trabalhando na Usina Rio Vermelho observou as mariposas atraídas pela luz. No ano de 1932 iniciou as atividades com as borboletas após seu colega de trabalho, Malewschik, fomentar a idéia de comercializar as mariposas na europa.
            Francisco começou a improvisar pequenos viveiros para criar borboletas e mariposas, colocando ramos e lagartas. O primeiro lote de borboletas foi vendido para o Sr. Anton Maller, residente de Corupá, que comercializava as borboletas com compradores da Alemanha, França e Estados Unidos. Aproximadamente no ano de 1914 vendiam para o Sr. Ricardo F. Direns Hofen de São Paulo, Capital. Este visitava a família Rank mensalmente, momento que também orientava a adoção de técnicas de coleta de insetos na Floresta, mandava cortar pequenas árvores e fazer estaleiros onde depositavam as madeiras que com o tempo iniciavam o apodrecimento atraindo besouros.
            Os filhos de Francisco sempre acompanhavam as atividades que envolviam as capturas e zelos pelas borboletas.      

IVO RANK

HISTÓRIA

            Ivo Rank, morador de Rio Vermelho em São Bento do Sul, apreciava as borboletas aos 4 anos e iniciou a coleta com 7 anos onde entrava na Floresta e bordas de mata para capturar borboletas e besouros, aos 10 anos de idade já apresentava domínio no tema e a vontade de criar as diferentes famílias de borboletas e mariposas, muitas que nascem a noite ou antes do amanhecer e admirava o nascimento das fêmeas. Observando o acasalamento de borboletas, como quando visualizou 30 machos voando sobre o viveiro, aumentavam a curiosidade, dedicação e paixão pelas borboletas.  


            Acompanhava seu pai na captura de mariposas. Em Rio Vermelho, aproximadamente em 1950 seu pai construiu uma “meia água” instalou duas lâmpadas para atrair mariposas. Em muitas situações passavam a noite acordados capturando e observando. Quando fechava a serração vinham muitas mariposas que não venciam pegar. Utilizam uma rede entomológica  e enchiam caixas com mariposas. No amanhecer do dia colocavam os insetos em envelopes, deitavam em prateleiras,  secando próximo do fogão de lenha.
            A família também fazia artesanatos com as borboletas e suas asas. Também forneciam borboletas para a Artefama que utilizava para os artefatos decorativos.
            A história de Ivo Rank a a referência de seu trabalho também foi acompanhado da divulgação e valorização da imprensa. No jornal A Gazeta de 21 de sembro de 1996 demostra a visita da Rede Globo e anuncia a reportagem que vinculará no final de semana no Globo Rural. No jornal.


            A Notícia datado de 4 de janeiro de 1996 apresenta a matéria “ O Plantador de Borboletas” matéria de Elenita Lanznaster que relata: “ Ali pode-se encontrar a “azulona” de nome científico Prepuna delfille, um casal de borboletas que, em 50 anos de trabalho só foi vista uma vez. Famosa pela raridade,diversos visitantes da Europa, Japão vem à casa de Rank especialmente para tentar comprá-las por preços acima de mil dólares. De acordo com o proprietário, elas não têm preço com as demais de sua coleção particular.”
           
ATUALIDADE        

            Em 2013 o Sr. Ivo Rank com 76 anos continua na observação e dedicação com as borboletas. Apresenta o primeiro borboletário licenciado pelo IBAMA de Santa Catarina, onde cada borboleta é registra e apresentada para a Associação. Comercializa as borboletas, mas também libera fêmeas e alguns casais. Defende a prática de criação dos Lepidópteros e argumenta o desmatamento e uso de agrotóxicos como maiores impactos para  favorecer o declínio da população de borboletas. Complementa que a criação de determinada espécie de borboleta pode gerar 100 ovos que irão gerar 100 indivíduos adultos, enquanto no habitat natural sobrariam menos que 10%.  A criação em cativeiro oportuniza proteção e a preservação de muitas espécies que hoje estão ameaçadas de extinção, pelo desequilíbrio ambiental. 


            O Sr. Ivo Rank domina a biologia dos lepidópteros, com os anos de estudo como auto didata e de observador do habita e ciclo de vida das borboletas, a forma de reprodução, o alimento associado com a vegetação correspondente a taxonomia entre outros. Também atribui o conhecimento adquirido e compartilhado reciprocamente com outros pesquisadores principalmente com o Dr. Luiz Soledade Otero (in memória) do Museu Nacional da UFRJ que lhe visitou periodicamente e entregava livros de Lepidópteras. Também trocou informações e experiências com outros pesquisadores como o Dr. Olaf Hermann Hendrik Mielke do Setor de Zoologia da UFPR  (Universidade Federal do Paraná) de Curitiba.
            A família Rank prossegue na criação de borboletas. Ivo Rank e sua esposa Olinda dedicaram  a vida na criação, preservação e comercialização das borboletas. Mas este legado é passado para seus descendente e seus filhos Ildo; Osni; Osiel; Otoniel; Marlene; Glaci; Noeli; Ruth; Claudinisse; Carim; Carmem também dedicam a atenção com as borboletas, já seus filhos Daniel; Arildo e Rosimeri apreciam as borboletas mas não desenvolvem a atividade diretamente. O conhecimento adquirido é transmitido para as gerações fomentando a cultura, preservação e a tradição deste grande legado.








            

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