sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Natureza - Cientista descobre quatro novas espécies de borboletas.


Borboleta 'híbrida' é descoberta por cientistas na América do Norte


Espécie tem traços visuais e genéticos idênticos a de outros dois insetos.
Cientistas publicaram estudo na revista 'PLoS Genetics'



Cientistas norte-americanos descobriram uma espécie rara de borboleta nas montanhas Apalache, cordilheira localizada entre Estados Unidos e Canadá, que foi considerada uma evolução de duas outras espécies de animais, já que continua traços visuais e composição genética idênticos.
A borboleta Tigre apalachiano swallowtail (Papilio appalachiensis) foi denominada como híbrida devido às características semelhantes às da borboleta Tigre oriental swallowtail (P. glaucus) e da Tigre canadense swallowtail (P. canadensis).
De acordo com estudo publicado nesta terça-feira (13) na revista “PLoS Genetics”, a borboleta Tigre apalachiano swallowtail raramente se reproduz com insetos da mesma espécie e é um dos poucos casos de animais híbridos, fenômeno que ocorre com mais frequência nas plantas.


  Imagem da borboleta Tigre oriental swallowtail (Foto: Divulgação/K. Kunte/Harvard University)



 Exemplar da borboleta Tigre canadense swallowtail. A partir da mistura das duas espécie, nasceu a borboleta Tigre apalachiano swallotail, com características visuais e genéticas idênticas (Foto: Divulgação/K. Kunte/Harvard University)

“Com a pesquisa, será possível entender a formação das espécies, questão fundamental para explicar a diversidade de vida na Terra”, afirma Sam Scheiner, pesquisador da Fundação Nacional de Ciência dos EUA, que financiou a pesquisa.
“É uma demonstração notável de como a hibridização pode criar populações com uma nova combinação de história de vida e características morfológicas, permitindo a colonização de novos ambientes”, complementa o biólogo Larry Gilbert, da Universidade do Texas e um dos responsáveis pelo estudo científico.
De acordo com os cientistas, as borboletas Tigre oriental e canadense surgiram em épocas diferentes, em espaço de tempo de 600 mil anos. Já a Tigre apalachiano surgiu há 100 mil anos. Ainda existe dificuldade na diferenciação das espécies. São detalhes como manchas nas asas ou mesmo no tamanho, que segundo os pesquisadores, com o tempo se tornam fáceis de identificar.


Outro texto

Cientista descobre quatro novas espécies de borboletas no México

Animais tinham sido classificados erroneamente pela aparência. Análise de DNA descobriu as quatro novas espécies.

Quatro novas espécies de borboletas foram identificadas no México após uma técnica de análise de DNA ter descoberto que elas tinham sido classificadas erroneamente .
A classificação das borboletas é uma tarefa complicada, pela grande variedade de cores e formatos tanto do inseto adulto quando de sua forma de larva. Por isso, é complicado depender apenas de uma análise visual.


 Dois exemplares de duas das quatro novas espécies descobertas pelo DNA (Foto: Prado BR, Pozo C, Valdez-Moreno M, Hebert PDN)

A cientista Carmen Pozo usou o DNA para reanalisar a classificação de 570 espécies da família Nymphalidae. Com isso, descobriu que quatro delas tinham sido colocadas na espécie errada.
Os resultados foram apresentados na edição desta semana da revisa “PLoS ONE”.

Borboletário no Parque Burle Max, em São José dos Campos






As biólogas Rosana Melo e Cristiane Franzini conheceram de perto o Borboletário do Mangal para auxiliar na criação do Parque Burle Max.


O Mangal das Garças recebeu a visita das biólogas Rosana Melo e Cristiane Franzini no último dia 22. As duas vieram conhecer de perto toda a funcionalidade do parque para utilizar as informações obtidas aqui nas futuras instalações do Borboletário no Parque Burle Max, em São José dos Campos (SP). Ambas ficaram encantadas com a estrutura que encontraram. “Trabalhamos na Secretaria de Meio Ambiente de São José dos Campos, que fica dentro do Parque Ambiental, e estamos licenciando um espaço para implantar nosso Borboletário, por isso viemos ao Mangal ver de perto como foi conduzida a inserção deste projeto. Ficamos surpresas com tudo o que vimos aqui”, conta Cristiane.




As biólogas Rosana Melo e Cristiane Franzini conheceram de perto o Borboletário do Mangal para auxiliar na criação do Parque Burle Max.



Além do Borboletário do Mangal das Garças, as biólogas conheceram outros quatro parques no Estado de São Paulo. “Mas nada se compara com que encontramos aqui. Aprendemos muito com as espécies de borboletas da Amazônia. Um exemplo simples, mas que não encontramos nas literaturas, é a utilização dessas comportas com plantas para as borboletas pousarem”, frisa Rosana Melo.
Outro ponto que as biólogas destacaram é o modelo de administração do Mangal. “A administração do parque através de uma Organização Social é uma forma interessante de gestão que vamos levar, considerando que pode nos ajudar muito na contratação de pessoal, aquisição de material e outras demandas que vão ser geradas no Borboletário do Parque Burle Max”, destaca Rosana.




As biólogas Rosana Melo e Cristiane Franzini conheceram de perto o Borboletário do Mangal para auxiliar na criação do Parque Burle Max.




Cristiane Franzini também ressaltou que a visita foi muito positiva: “Tivemos no Mangal uma experiência muito boa, fomos muito bem recebidas pela equipe e gostamos da criatividade do arquiteto que projetou o espaço. Vamos levar daqui muitas idéias boas para nosso parque”.
Aproveitando a visita, o gerente do Mangal das Garças, Igor Selligman, e a veterinária Aline Imbelone convidaram as biólogas para participarem do 36º Congresso Nacional de Zoológicos e Aquários do Brasil que o Mangal está organizando e que acontecerá em março de 2012, no Hangar - Centro de Convenções e Feiras da Amazônia. As biólogas paulistas demonstraram bastante interesse em retornar à Belém para participarem do evento.


Isa Arnour, Ascom OS Pará 2000.

Que venha mais um para nossa felicidade.
Desejo-lhes sucesso.


quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Declínio “alarmante”


Ambiente: declínio “alarmante” ameaça peixes, insetos, moluscos e plantas.


Ambiente: declínio “alarmante” ameaça peixes, insetos, moluscos e plantas.

O património natural da Europa regista um declínio ‘preocupante’ de acordo com novos trabalhos de investigação que concluem estar grande parte dos moluscos, peixes de água doce e plantas vasculares categoria das espécies ameaçadas.

Segundo nota da Comissão Europeia uma parte considerável da fauna e flora autóctones da Europa foi examinada no âmbito da lista vermelha europeia e o exame de cerca de 6 000 espécies indica que 44 % de todos os moluscos de água doce, 37 % dos peixes de água doce, 23 % dos anfíbios, 20 % de uma seleção de moluscos terrestres, 19 % dos répteis, 15 % dos mamíferos e das libélulas, 13 % das aves, estão atualmente ameaçadas.
Também 9 % das borboletas, 467 espécies de plantas vasculares e 11 % de uma série de coleópteros saproxílicos, têm a mesma sorte.

Janez Potočnik, membro da Comissão Europeia responsável pelo ambiente considera a propósito que “o bem-estar das pessoas na Europa e no mundo inteiro depende dos bens e serviços oferecidos pela natureza.Se não combatermos as causas subjacentes a este declínio e não agirmos urgentemente para as anular, poderemos ter de pagar um preço muito elevado, alerta.

Moluscos são a espécie mais ameaçada.

Das espécies examinadas até à data, os moluscos de água doce constituem o grupo mais ameaçado. O mexilhão-auriculado-do-rio (Margaritifera auricularia), antigamente muito comum, só se encontra, hoje em dia, num reduzido número de rios de França e de Espanha. Nos anos oitenta, considerava-se que esta espécie, que consta atualmente da categoria das espécies gravemente ameaçadas, estava praticamente extinta.

Este mexilhão é uma das duas espécies para as quais foi concebido um plano de ação a nível europeu e existem programas de conservação que permitem alimentar esperanças quanto ao seu futuro.

“Os dados confirmam a situação preocupante dos moluscos europeus", salienta por sua vez Annabelle Cuttelod, coordenadora da lista vermelha europeia na IUCN.

"Quando os associamos ao elevado nível de ameaças que pesam sobre os peixes de água doce e anfíbios, ficamos cientes de que os ecossistemas de água doce europeus estão realmente expostos a graves ameaças que exigem medidas urgentes de conservação”, frisou aquela responsável.

Poluição ameaça os peixes.

Os peixes de água doce estão também muito ameaçados, em especial devido à poluição, sobrepesca, perda de habitats e introdução de espécies não autóctones. O esturjão, particularmente, está numa situação de risco e apenas uma das oito espécies europeias não está classificada na categoria das gravemente ameaçadas.

Na categoria de plantas vasculares estão incluídas as variedades silvestres de plantas cultivadas, vitais para a segurança alimentar, mas frequentemente descuradas em termos de conservação.

Beterraba trigo aveia e alface entre as plantas ameaçadas.

A espécie gravemente ameaçada Beta patula é um parente silvestre próximo da beterraba cultivada e uma importante fonte de genes para reforçar a resistência aos vírus. Outras plantas cultivadas gravemente ameaçadas são a beterraba sacarina, o trigo, a aveia e a alface, culturas importantes do ponto de vista económico na Europa.

O documento sublinha entre as medidas positivas o facto de muitas das espécies protegidas no âmbito da Directiva Habitatsda UE e incluídas na rede Natura 2000 das zonas protegidas têm agora mais hipóteses de sobreviverem.

É o caso dos caracóis de terra ameaçados na Região Autónoma da Madeira, nos últimos 10 anos que, através do controlo das espécies invasoras, tais como plantas, caprinos e ratos, tem vindo a recuperar a sua população.

Estratégia da Biodiversidade quer diminuir ameaças sobre espécies.

A União Europeia pretende responder às ameaças que pesam sobre os peixes de água doce, moluscos e outras formas de diversidade biológica com uma nova Estratégia de biodiversidade, adotada em Maio deste ano que visa travar a perda da biodiversidade até 2020.

Foram fixados seis objetivos principais e 20 ações destinadas a alcançar os objetivos traçados. Entre eles conta-se a plena aplicação do direito da UE em matéria de natureza, destinado a proteger a biodiversidade, uma melhor proteção dos ecossistemas e uma maior utilização de infra‑estruturas verdes.

Agricultura e silvicultura mais sustentáveis, melhor gestão das unidades populacionais de peixes, controlos mais estritos relativamente às espécies invasoras e uma maior contribuição da UE para evitar a perda de biodiversidade a nível mundial integram a Estratégia de Biodiversidade.

Recorde-se que a lista vermelha europeia de espécies ameaçadas de extinção – compilada com base em critérios idênticos aos da lista vermelha global, consiste num reexame do estado de conservação de cerca de 6 000 espécies europeias (mamíferos, répteis, anfíbios, peixes de água doce, borboletas, libélulas e determinados grupos de coleópteros, moluscos e plantas vasculares).

Esta lista identifica espécies ameaçadas de extinção na Europa, de modo a conduzir à adoção de medidas de conservação que permitam melhorar o estado em que se encontram.
A lista contém oito categorias de ameaça, sendo as espécies classificadas como gravemente ameaçadas, ameaçadas ou vulneráveis são coletivamente designadas por «ameaçadas».

A lista vermelha europeia é financiada essencialmente pela Comissão Europeia e foi elaborada por peritos internacionais bem como por vários parceiros, incluindo a Butterfly Conservation Europe, a European Invertebrates Survey eo Museu de História Natural de Berna (Suíça).




quinta-feira, 10 de novembro de 2011

ALGUÉM QUER IR TRABALHAR NO NOVO BORBOLETÁRIO QUE SERÁ INSTALADO NA NOSSA AMAZÔNIA???


MUSEU DA AMAZÔNIA - MUSA

Anúncio de Seleção

Projeto Borboletário

Descrição do projeto: Borboletário a ser instalado em área de floresta nativa do Jardim Botânico de Manaus com o objetivo  de apresentar a diversidade, biologia e ecologia das borboletas da Reserva Ducke. 
Estão disponíveis uma (1) vaga para Coordenador e uma (1) vaga para Assistente Técnico.
Descrição do cargo: Coordenador do borboletário
Número de vagas: 1
Atribuições:  Coordenar as atividades de instalação e gerenciamento, bem como as atividades de caráter técnico-científico do borboletário; supervisionar equipes técnicas e orientar alunos de iniciação cientíifica em projetos relacionados ao borboletário; recepcionar o público e realizar apresentações e palestras; captar recursos; participar da produção de conteúdo técnico-científico e didático associado aos resultados do borboletário.

Pré-requisitos:

 Nível superior, mestrado ou doutorado preferencialmente  em Entomologia, com ênfase em 
estudos de historia natural de insetos, especificamente de lepidóptera;
 Capacidade de articulação;
 Boa comunicação oral e escrita;
 Liderança;
 Habilidade de trabalhar em equipe;
 Interesse por divulgação científica e educação;
 Desejável experiência prática na construção e manutenção de borboletários

Descrição do cargo: Assistente Técnico do borboletário
Número de vagas: 1
Atribuições: Apoiar as atividades relacionadas à criação de borboletas e outros insetos, como a manutenção de criadouros e berçários; manter e organizar registros para compor o banco de dados do borboletário; apoiar as atividades de divulgação e pesquisa sobre lepidópteras da Reserva Ducke.

Pré-requisitos: 

 Técnico em agropecuária ou florestal;
 Experiência em criação de animais, com ênfase em insetos e outros invertebrados;
 Ensino médio completo;
 Interesse em atividades de pesquisa;
 Capacidade de trabalhar em equipe, com iniciativa e responsabilidadeInteresse em se capacitar tecnicamente para desempenhar funções mais especializadas envolvendo a criação de borboletas.

Documentação necessária:

1. Currículo destacando a experiência profissional e formação prática relevantes para a vaga;
2. Carta de intenções descrevendo: atuação profissional nos últimos  3  anos, incluindo 
experiência em trabalhos práticos e, se houver, trabalhos na Amazônia; disponibilidade para 
iniciar as atividades; pretensão salarial;
3. Comprovante de exercício profissional e titularidade;
4. Duas cartas de recomendação de profissionais com quem trabalhou;
Toda a documentação  deverá ser enviada apenas  por meio eletrônico para o endereço 
selecao@museudaamazonia.org.br, identificando no assunto da mensagem vaga  a qual  está se candidatando. 
No corpo da mensagem devem constar: nome completo, CPF, endereço institucional ou 
residencial, telefone, e-mail e, se houver, skype.

Data limite para envio dos currículos: 15 de Dezembro de 2011
Contato: Roberta Said - 3236-5326


Sobre o Museu da Amazônia - Musa

O Musa se dedica a divulgar a vida dos biomas e das  comunidades amazônicas por meio de 
exposições, atividades e produtos para fins educacionais e turísticos. O objetivo é valorizar, 
popularizar e aprofundar o significado histórico, social, cultural e biológico da Amazônia, contribuindo para promover uma educação que reconheça o valor da diversidade. Sediado em Manaus, o Musa funciona na Reserva Ducke, em uma área de floresta de terra firme primária, onde promove exposições, caminhadas, cursos, palestras e outras atividades.

Ai se eu não estivesse na ESALQ... Iria correndo, Amazônia é um sonho...
Boa sorte aos candidatos.