quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Monarcas Americanas estão sumindo.

População de borboletas Monarca desaba nos EUA  e ambientalistas pedem socorro.


Noventa por cento das borboletas Monarca morreram nos últimos 20 anos nos Estados Unidos e seu declínio é tão acelerado que uma coalizão de grupos de saúde e meio ambiente solicitou nesta terça-feira (26) que sejam incluídas na lista de espécies protegidas.

A causa do rápido desaparecimento dos insetos é a destruição das asclépias, plantas da qual se alimentam e onde se criam, devido, em grande parte, a herbicidas como o Roundup, usado em cultivos de milho e soja transgênicos da Monsanto no meio-oeste americano, explicaram os grupos em uma petição enviada ao Serviço de Vida Selvagem e Pesca dos Estados Unidos.

Outros fatores que explicariam a abrupta diminuição da população destas borboletas de cor preta e alaranjada são os parasitas, as mudanças climáticas e a perda de seu hábitat natural.

"As Monarcas estão desaparecendo rapidamente, o que pode levar à sua extinção. E as ameaças que enfrentam são tão grandes que a lei de proteção deve ser aplicada o mais rápido possível, pois ainda há tempo de reverter seu declínio", disse Lincoln Brower, especialista em borboletas Monarca, as quais estuda desde 1954.




As borboletas Monarca são encontradas em todos os Estados Unidos, assim como em algumas partes do Canadá e do México. A petição indica que, nas últimas duas décadas, elas perderam mais de 66 milhões de hectares de habitat - área do tamanho do Texas - e isto inclui quase um terço de sua zona de reprodução.

"Incluí-las na lista (de espécies ameaçadas) tornará ilegal matar borboletas Monarca intencionalmente ou modificar seu habitat sem permissão", anunciou em comunicado o Centro para a Diversidade Biológica e o Centro para a Segurança Alimentar.

"Também levará a uma designação e proteção do 'habitat crítico' para ajudar na recuperação abundante das populações de Monarca", acrescentou.




Desconhece-se o número exato de borboletas Monarca e suas populações flutuam ano após ano, explicou o grupo.

"Alguns testemunhos sugerem que as Monarcas eram muito abundantes no século XIX. Um observador das migrações de Monarcas no Vale do Mississippi, na década de 1850, relatou ter havido tantas Monarcas que elas formavam uma nuvem que escurecia o céu", destacou o comunicado.

"Uma testemunha na Califórnia relatou três galhos que se quebraram devido ao peso de tantas Monarcas juntas", acrescentou.

Diferentes estudos feitos nas últimas duas décadas sugerem "um abrupto e estatisticamente significativo declínio de quase 90%" da população dos insetos, destacou.


Lagarta de Monarca.

O próximo passo é que o Serviço de Vida Selvagem e Pesca emita uma "investigação de 90 dias" sobre a petição para ver se há informação suficiente que justifique a proteção destas borboletas. Se isso acontecer, seria feita uma revisão adicional de um ano para analisar a situação.

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Conheçam o simpático Borboletário de Portugal.

JÓIAS DA NATUREZA: BORBOLETÁRIO DA QUINTA DE RANA, CASCAIS: .

Clica no link acima.



Situado no interior do Parque Urbano da Quinta de Rana, Cascais (Portugal), este espaço foi inaugurado em Setembro de 2013, pelo Presidente da Câmara Municipal de Cascais, Carlos Carreiras.

A estrutura do Borboletário é única pois a sua imagem estética faz lembrar um casulo em fase de metamorfose. 
No seu interior encontra-se um jardim com espécies da flora local, onde é possível observar borboletas a voar livremente. O espaço integra ainda um laboratório acessível ao público, cuja função é a criação de ovos, lagartas e das crisálidas.
No Borboletário os visitantes podem conhecer as espécies de borboletas que existem na região de Cascais.
 É também um espaço onde se ensina a biologia deste grupo de insectos e a sua ligação com as plantas, 
proporcionando aos visitantes uma experiência de observação e aprendizagem que contribui para o despertar e   interesse da Conservação da Natureza e Biodiversidade.















Meio Ambiente por Inteiro - Borboletas




VALE MUITO A PENA ASSISTIR ATÉ O FINAL DA REPORTAGEM.


O programa Meio Ambiente por Inteiro desta semana mostra as fases de transformação das borboletas e como se alimentam, se reproduzem e seu tempo de vida. Conheça algumas curiosidades da espécie, que sofre com o tráfico de animais, e veja como os órgãos competentes agem para combater essa prática. 







sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Borboletario com nova roupagem

Zoológico e Borboletario de BH passa pela maior reforma desde sua inauguração.


Obras devem começar em outubro e contemplam cerca de 30% do zoo. Entre os animais da Fundação Zoo-Botânica que serão beneficiados, estão mamíferos, aves e borboletas, que ganharão mais espaço. 


Ilustração; Siproeta stelenes.

Está previsto para o final de 2014 o início da maior reforma que o jardim zoológico de Belo Horizonte já recebeu, desde sua criação em 1959. De acordo com diretor do zoo, Gladstone Corrêa, cerca de 30% dos abrigos dos animais serão ampliados e adaptados de acordo com a espécie. Separadas em duas fases, as obras têm custo de R$ 5 milhões. 

Atual recinto das borboletas


A primeira etapa da reforma, orçada em R$ 1,170 milhão, deve começar com a ampliação do borboletário, a reestruturação da praça das aves e, finalmente, será modificada a praça dos mamíferos brasileiros. A previsão é que os trabalhos durem seis meses, mas fatores como o período de chuvas – que começa em setembro – e a fase de reprodução dos animais podem alterar o curso das obras.

O setor do zoológico que deve sofrer mais intervenções é a praça das aves. "O aspecto de prisão, de recintos todos iguais e monótonos, será extinto. Vai ser tudo demolido e refeito. Cada ambiente terá o tamanho adequado para o tipo de ave, e receberá plantas nativas do habitat da espécie”, explica o diretor. A atual estrutura física do abrigo dos pássaros foi construída em 1978, contempla 52 recintos e abriga 70 espécies nacionais e exóticas, muitas delas ameaçadas de extinção. 

Os mutuns, ararajubas, arara-piranga, tucanos, harpias, turacos e muitas outras espécies vão para um tipo de "gaiolão", na parte interna do zoológico, durante as obras, e apenas funcionários têm acesso a esse local. "Era o meu sonho reformar o espaço das aves. Para se ter uma ideia, o abrigo em que os animais ficarão durante a reforma é maior do que toda a área em que vivem hoje", conta Gladstone Corrêa.

Estão previstas também a remoção dos lagos existentes e a construção de novos redutos aquíferos, a construção de banheiros e vestiários masculino e feminino, a retirada dos ninhos de madeira fixados na parede, a melhoria do sistema de ventilação da praça, a readequação geral da rede de esgoto e da rede hidráulica existentes.



Perspectiva de como deverá ficar o novo recinto das borboletas, (Borboletário).

Convivência

Já na praça dos mamíferos brasileiros, a novidade para o público será a possibilidade de ver a convivência de vários animais num mesmo ambiente. Os 18 recintos atuais, que ocupam uma área de 8.949 m², ganharão um espaço adicional, que será misto, e deve chegar a mais de 2,6 mil m². 

De acordo com o diretor do zoológico, alguns animais devem continuar separados, devido à impossibilidade de convivência com outras espécies, mas indivíduos do cerrado, como capivara, anta e cotia, poderão viver juntos. "Esse animais não entram em conflito, são pacíficos. Isso será uma novidade para a gente e para os visitantes", afirma. Hoje, apenas espécies como ouriço, cotia e tamanduá compartilham um mesmo ambiente no zoo. 

Na praça dos mamíferos também estão localizados o borboletário – que vai receberá a segunda etapa da reforma – e o recinto dos jabutis, jacarés e tartarugas.

A ampliação do viveiro ondem estão expostas as borboletas deverá passar de 100 para 250 m²,  e receberá, ainda, modificação em seu paisagismo e no circuito de visitação. Atualmente, o borboletário recebe a visita de cerca de 20 mil pessoas anualmente. Com a reforma, esse número deve chegar a 60 mil visitantes. "Assim que a obra começar, vamos aumentar a produção de lagartas no setor extra, para termos mais borboletas ocupando o novo espaço", diz Gladstone.

Segunda etapa

A construção de três recintos específicos para receber filhotes é o destaque na segunda fase das obras no zoológico de BH. Nesse momento estão previstas também diversas intervenções estruturais: construção de depósito, cozinha e banheiros; construção de rampa de acesso a portadores de necessidades especiais; recuperação de paredes internas da área de manobra (espaço restrito aos biólogos e tratadores de animais); substituição de portões; e reforma de quatro recintos, que abrigam espécies como ouriço-cacheiro, tamanduá-mirim e cutia, incluindo o corredor de acesso dos tratadores. 

Ainda não há foi definida qual construtora será responsável pela execução das reformas do zoo da capital. Segundo a Prefeitura de Belo Horizonte, o processo de licitação está na fase de seleção das 10 empresas classificadas, para avaliação das propostas.


Mapa de localização.

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Mutações em borboletas

Cientistas descobrem mutações em borboletas de Fukushima.



Um grupo de cientistas japoneses descobriu mutações genéticas em borboletas expostas à radiação na área em torno da central atômica de Fukushima, epicentro da crise   nuclear  de 2011, segundo um artigo publicado no portal Scientific reports.

Segundo os pesquisadores, a crise nuclear em Fukushima, iniciada após o tsunami que atingiu o Japão em março de 2011, provocou "a liberação em massa de material radioativo no meio ambiente", o que causou "danos fisiológicos e genéticos" nas borboletas Zizeeria, uma espécie muito comum no Japão.





Este tipo de borboletas, que têm um ciclo de vida aproximado de um mês, são vistas como excelente "indicadores ambientais" ao contar com asas cujo padrão cromático é muito sensível às mudanças no ambiente, assinala o artigo.

A equipe, formada por cientistas da Universidade de Ryukyu, na ilha de Okinawa, recolheu um total de 144 espécies adultas em maio de 2011. Algumas espécies mostraram "anormalidades leves", enquanto outras apresentaram "anomalias mais severas"

Outros 238 exemplares recolhidos em setembro de 2011, seis meses após o acidente nuclear de Fukushima, apresentaram mutações ainda mais evidentes, sobretudo nas asas e nos olhos.




Segundo os cientistas, com o experimento é possível demonstrar que a exposição a doses pequenas de poluição radioativa em certas espécies tem grandes implicações.

O acidente na usina nuclear de Fukushima, o pior desde o de Chernobyl (Ucrânia), afetou gravemente o Japão em questões como a agricultura, a pecuária e a pesca, além de ter obrigado a evacuação de mais de 50 mil pessoas de áreas consideradas de risco.

Desde o início da crise provocada pelo terremoto e posterior tsunami de março de 2011, as autoridades realizam provas periódicas para analisar o impacto que o acidente nuclear teve no meio ambiente.