sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Nuvem misteriosa era, afinal...bando de milhares de borboletas.


Durante dias, os meteorologistas deram voltas à cabeça por causa de uma nuvem misteriosa captada por radar sobre a cidade de S.Louis. Agora resolveu-se o enigma: era um gigantesco bando de borboletas.
Em boa verdade, a forma da nuvem dava uma excelente pista, ela tinha a configuração de uma...borboleta.

Serviço meteorológico dos EUA

Mais, os sinais captados pelo radar davam conta que a massa misteriosa se agitava, como se batesse asas, era plana e teria vida. Mas o caso é que ninguém conseguia identificar que "aquilo" era de facto a soma de muitos milhares de borboletas.
Não se chegando lá pela análise das imagens captadas, o caso deslindou-se por outra via, a do processo migratório das borboletas-monarca.



A aparição da "nuvem" coincidiu com a viagem dessa espécie da região dos Grandes Lagos, entre o Canadá e os Estados Unidos, para o centro da região oeste do México.
Normalmente, as borboletas-Monarca migram sozinhas ou aos pares, mas neste caso ter-se-ão agrupado às dezenas de milhar aproveitando as condições meteorológicas favoráveis.
Artur Carvalho com Livescience

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Insetos continuam sofrendo com a radiação do desastre de Fukushima


ÁREA AFETADA PELA RADIAÇÃO NO DESASTRE DE FUKUSHIMA (FOTO: REPRODUÇÃO)


Borboletas apresentam anomalias físicas em maior 
escala desde o acidente.

Apesar de ocorrido em 2011, o desastre nuclear de Fukushima, no Japão, continua gerando consequências. Um novo estudo realizado por pesquisadores do país sugere que a radiação expelida na estação três anos atrás ainda está contaminando gerações de insetos.
Durante a pesquisa da Universidade de Ryukyus, larvas de borboletas que se alimentaram com folhas contaminadas pela radiação se mostraram mais suscetíveis a anomalias físicas do que animais criados em ambientes normais. O estudo sugere que as regiões próximas à Fukushima se manterão perigosas para a vida selvagem por mais um bom tempo.
O caso ficou marcado pela grande quantidade de radiação jogada ao mar, mas a vida animal terrestre tamém foi afetada: externamente pelo ambiente e internamente pela alimentação. Por isso, Joji Otaki e sua equipe decidiram pesquisar os efeitos do desastre na espécie Zizeeria maha, um tipo de borboleta muito comum no Japão.
Durante o primeiro teste, as larvas se alimentaram de folhas encontradas na região de Fukushima, que possuíam milhares de becquerel (medida de radioatividade) por quilo – no Japão, o máximo permitido atinge os 100 bq/kg. O resultado mostrou que a grande maioria dos animais não sobreviveu, e as borboletas que resistiram tiveram mutações físicas notáveis.
Mas os pesquisadores já esperavam essa resposta, dada a quantidade grande de radiação nas plantas. Na segunda etapa do experimento, a equipe recolheu plantas de até 20 meses depois do incidente. Com isso, os níveis de contaminação caíram de até 161 bq/kg para 0.2.
“O nosso estudo mostra que doses pequenas, aquelas abaixo de 100 bq/kg, podem ser muito tóxicas para certos organismos”, escreveu o grupo na publicação da BMC Evolutionary Biology.
Em outro teste, a equipe analisou os filhos das borboletas sobreviventes dos primeiros experimentos. O resultado mostrou que nesses descendentes a taxa de sobrevivência é ainda menor e a de anomalias ainda maior. Para Timothy Mousseau, biólogo americano especializado nos efeitos da radiação, isso não pode ser necessariamente comparado aos humanos: “Eu acredito que as borboletas são um grupo muito mais sensível à radiação do que os seres humanos“.

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Monarcas Americanas estão sumindo.

População de borboletas Monarca desaba nos EUA  e ambientalistas pedem socorro.


Noventa por cento das borboletas Monarca morreram nos últimos 20 anos nos Estados Unidos e seu declínio é tão acelerado que uma coalizão de grupos de saúde e meio ambiente solicitou nesta terça-feira (26) que sejam incluídas na lista de espécies protegidas.

A causa do rápido desaparecimento dos insetos é a destruição das asclépias, plantas da qual se alimentam e onde se criam, devido, em grande parte, a herbicidas como o Roundup, usado em cultivos de milho e soja transgênicos da Monsanto no meio-oeste americano, explicaram os grupos em uma petição enviada ao Serviço de Vida Selvagem e Pesca dos Estados Unidos.

Outros fatores que explicariam a abrupta diminuição da população destas borboletas de cor preta e alaranjada são os parasitas, as mudanças climáticas e a perda de seu hábitat natural.

"As Monarcas estão desaparecendo rapidamente, o que pode levar à sua extinção. E as ameaças que enfrentam são tão grandes que a lei de proteção deve ser aplicada o mais rápido possível, pois ainda há tempo de reverter seu declínio", disse Lincoln Brower, especialista em borboletas Monarca, as quais estuda desde 1954.




As borboletas Monarca são encontradas em todos os Estados Unidos, assim como em algumas partes do Canadá e do México. A petição indica que, nas últimas duas décadas, elas perderam mais de 66 milhões de hectares de habitat - área do tamanho do Texas - e isto inclui quase um terço de sua zona de reprodução.

"Incluí-las na lista (de espécies ameaçadas) tornará ilegal matar borboletas Monarca intencionalmente ou modificar seu habitat sem permissão", anunciou em comunicado o Centro para a Diversidade Biológica e o Centro para a Segurança Alimentar.

"Também levará a uma designação e proteção do 'habitat crítico' para ajudar na recuperação abundante das populações de Monarca", acrescentou.




Desconhece-se o número exato de borboletas Monarca e suas populações flutuam ano após ano, explicou o grupo.

"Alguns testemunhos sugerem que as Monarcas eram muito abundantes no século XIX. Um observador das migrações de Monarcas no Vale do Mississippi, na década de 1850, relatou ter havido tantas Monarcas que elas formavam uma nuvem que escurecia o céu", destacou o comunicado.

"Uma testemunha na Califórnia relatou três galhos que se quebraram devido ao peso de tantas Monarcas juntas", acrescentou.

Diferentes estudos feitos nas últimas duas décadas sugerem "um abrupto e estatisticamente significativo declínio de quase 90%" da população dos insetos, destacou.


Lagarta de Monarca.

O próximo passo é que o Serviço de Vida Selvagem e Pesca emita uma "investigação de 90 dias" sobre a petição para ver se há informação suficiente que justifique a proteção destas borboletas. Se isso acontecer, seria feita uma revisão adicional de um ano para analisar a situação.

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Conheçam o simpático Borboletário de Portugal.

JÓIAS DA NATUREZA: BORBOLETÁRIO DA QUINTA DE RANA, CASCAIS: .

Clica no link acima.



Situado no interior do Parque Urbano da Quinta de Rana, Cascais (Portugal), este espaço foi inaugurado em Setembro de 2013, pelo Presidente da Câmara Municipal de Cascais, Carlos Carreiras.

A estrutura do Borboletário é única pois a sua imagem estética faz lembrar um casulo em fase de metamorfose. 
No seu interior encontra-se um jardim com espécies da flora local, onde é possível observar borboletas a voar livremente. O espaço integra ainda um laboratório acessível ao público, cuja função é a criação de ovos, lagartas e das crisálidas.
No Borboletário os visitantes podem conhecer as espécies de borboletas que existem na região de Cascais.
 É também um espaço onde se ensina a biologia deste grupo de insectos e a sua ligação com as plantas, 
proporcionando aos visitantes uma experiência de observação e aprendizagem que contribui para o despertar e   interesse da Conservação da Natureza e Biodiversidade.















Meio Ambiente por Inteiro - Borboletas




VALE MUITO A PENA ASSISTIR ATÉ O FINAL DA REPORTAGEM.


O programa Meio Ambiente por Inteiro desta semana mostra as fases de transformação das borboletas e como se alimentam, se reproduzem e seu tempo de vida. Conheça algumas curiosidades da espécie, que sofre com o tráfico de animais, e veja como os órgãos competentes agem para combater essa prática. 







sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Borboletario com nova roupagem

Zoológico e Borboletario de BH passa pela maior reforma desde sua inauguração.


Obras devem começar em outubro e contemplam cerca de 30% do zoo. Entre os animais da Fundação Zoo-Botânica que serão beneficiados, estão mamíferos, aves e borboletas, que ganharão mais espaço. 


Ilustração; Siproeta stelenes.

Está previsto para o final de 2014 o início da maior reforma que o jardim zoológico de Belo Horizonte já recebeu, desde sua criação em 1959. De acordo com diretor do zoo, Gladstone Corrêa, cerca de 30% dos abrigos dos animais serão ampliados e adaptados de acordo com a espécie. Separadas em duas fases, as obras têm custo de R$ 5 milhões. 

Atual recinto das borboletas


A primeira etapa da reforma, orçada em R$ 1,170 milhão, deve começar com a ampliação do borboletário, a reestruturação da praça das aves e, finalmente, será modificada a praça dos mamíferos brasileiros. A previsão é que os trabalhos durem seis meses, mas fatores como o período de chuvas – que começa em setembro – e a fase de reprodução dos animais podem alterar o curso das obras.

O setor do zoológico que deve sofrer mais intervenções é a praça das aves. "O aspecto de prisão, de recintos todos iguais e monótonos, será extinto. Vai ser tudo demolido e refeito. Cada ambiente terá o tamanho adequado para o tipo de ave, e receberá plantas nativas do habitat da espécie”, explica o diretor. A atual estrutura física do abrigo dos pássaros foi construída em 1978, contempla 52 recintos e abriga 70 espécies nacionais e exóticas, muitas delas ameaçadas de extinção. 

Os mutuns, ararajubas, arara-piranga, tucanos, harpias, turacos e muitas outras espécies vão para um tipo de "gaiolão", na parte interna do zoológico, durante as obras, e apenas funcionários têm acesso a esse local. "Era o meu sonho reformar o espaço das aves. Para se ter uma ideia, o abrigo em que os animais ficarão durante a reforma é maior do que toda a área em que vivem hoje", conta Gladstone Corrêa.

Estão previstas também a remoção dos lagos existentes e a construção de novos redutos aquíferos, a construção de banheiros e vestiários masculino e feminino, a retirada dos ninhos de madeira fixados na parede, a melhoria do sistema de ventilação da praça, a readequação geral da rede de esgoto e da rede hidráulica existentes.



Perspectiva de como deverá ficar o novo recinto das borboletas, (Borboletário).

Convivência

Já na praça dos mamíferos brasileiros, a novidade para o público será a possibilidade de ver a convivência de vários animais num mesmo ambiente. Os 18 recintos atuais, que ocupam uma área de 8.949 m², ganharão um espaço adicional, que será misto, e deve chegar a mais de 2,6 mil m². 

De acordo com o diretor do zoológico, alguns animais devem continuar separados, devido à impossibilidade de convivência com outras espécies, mas indivíduos do cerrado, como capivara, anta e cotia, poderão viver juntos. "Esse animais não entram em conflito, são pacíficos. Isso será uma novidade para a gente e para os visitantes", afirma. Hoje, apenas espécies como ouriço, cotia e tamanduá compartilham um mesmo ambiente no zoo. 

Na praça dos mamíferos também estão localizados o borboletário – que vai receberá a segunda etapa da reforma – e o recinto dos jabutis, jacarés e tartarugas.

A ampliação do viveiro ondem estão expostas as borboletas deverá passar de 100 para 250 m²,  e receberá, ainda, modificação em seu paisagismo e no circuito de visitação. Atualmente, o borboletário recebe a visita de cerca de 20 mil pessoas anualmente. Com a reforma, esse número deve chegar a 60 mil visitantes. "Assim que a obra começar, vamos aumentar a produção de lagartas no setor extra, para termos mais borboletas ocupando o novo espaço", diz Gladstone.

Segunda etapa

A construção de três recintos específicos para receber filhotes é o destaque na segunda fase das obras no zoológico de BH. Nesse momento estão previstas também diversas intervenções estruturais: construção de depósito, cozinha e banheiros; construção de rampa de acesso a portadores de necessidades especiais; recuperação de paredes internas da área de manobra (espaço restrito aos biólogos e tratadores de animais); substituição de portões; e reforma de quatro recintos, que abrigam espécies como ouriço-cacheiro, tamanduá-mirim e cutia, incluindo o corredor de acesso dos tratadores. 

Ainda não há foi definida qual construtora será responsável pela execução das reformas do zoo da capital. Segundo a Prefeitura de Belo Horizonte, o processo de licitação está na fase de seleção das 10 empresas classificadas, para avaliação das propostas.


Mapa de localização.

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Mutações em borboletas

Cientistas descobrem mutações em borboletas de Fukushima.



Um grupo de cientistas japoneses descobriu mutações genéticas em borboletas expostas à radiação na área em torno da central atômica de Fukushima, epicentro da crise   nuclear  de 2011, segundo um artigo publicado no portal Scientific reports.

Segundo os pesquisadores, a crise nuclear em Fukushima, iniciada após o tsunami que atingiu o Japão em março de 2011, provocou "a liberação em massa de material radioativo no meio ambiente", o que causou "danos fisiológicos e genéticos" nas borboletas Zizeeria, uma espécie muito comum no Japão.





Este tipo de borboletas, que têm um ciclo de vida aproximado de um mês, são vistas como excelente "indicadores ambientais" ao contar com asas cujo padrão cromático é muito sensível às mudanças no ambiente, assinala o artigo.

A equipe, formada por cientistas da Universidade de Ryukyu, na ilha de Okinawa, recolheu um total de 144 espécies adultas em maio de 2011. Algumas espécies mostraram "anormalidades leves", enquanto outras apresentaram "anomalias mais severas"

Outros 238 exemplares recolhidos em setembro de 2011, seis meses após o acidente nuclear de Fukushima, apresentaram mutações ainda mais evidentes, sobretudo nas asas e nos olhos.




Segundo os cientistas, com o experimento é possível demonstrar que a exposição a doses pequenas de poluição radioativa em certas espécies tem grandes implicações.

O acidente na usina nuclear de Fukushima, o pior desde o de Chernobyl (Ucrânia), afetou gravemente o Japão em questões como a agricultura, a pecuária e a pesca, além de ter obrigado a evacuação de mais de 50 mil pessoas de áreas consideradas de risco.

Desde o início da crise provocada pelo terremoto e posterior tsunami de março de 2011, as autoridades realizam provas periódicas para analisar o impacto que o acidente nuclear teve no meio ambiente.

sexta-feira, 25 de julho de 2014

A incrível metamorfose da Phoebis sennae.


BORBOLETA, UM SER QUE NASCE E RENASCE


Exceto pela cor, um ovo de Phoebis sennae – Lepidóptera da família Pieridae, ou melhor, uma pequena borboleta,  teria pouca chance de chamar atenção.




A postura é intensa, ovos são depositados durante alguns dias e em praticamente todos os botões, brotações e flores.
Como sinalizado pelo próprio nome, a Senna é a planta hospedeira da Phoebis sennae.





Nas primeiras idades, a lagarta se alimenta das folhas jovens e ao crescerem passam a dar referência pelas  flores. Neste momento, o mimetismo funciona bem pois as lagartas tornam se amarelas e se confundem com as flores. Normalmente há mais flores caídas e perdidas pelo chão do que as consumidas por duas ou três lagartas.






Passado mais alguns dias, anéis escuros surgem pelo corpo da lagarta. E uma dúvida: a flor da Senna não dura muito na árvore e o momento em que se desprende não parece ser tão “previsível”. Embora uma lagarta talvez tenha apurado sentidos para tal, espantou-me a tranquilidade com que repousava e se alimentava sobre as flores, como se este fosse o local mais seguro do mundo. O mistério foi resolvido ao observar que as flores que haviam sido quase totalmente devoradas continuavam alí penduradas: a lagarta faz alguns percursos rodeando a flor, pedicelo e galhos deixando uma teia bem fina que serve de sustentação. A engenharia sustenta a flor de forma a não deixá-la cair mesmo após murchar, com o peso da lagarta e ainda sob ventos. Parece que aí reside a confiança da lagarta em deleitar-se sobre flores que, de outro modo, logo estariam no chão.
Abaixo, um indivíduo mais novo. A floração que ainda resta é bem pequena e, tendo sua irmã como concorrente, não parece que sobrarão flores suficientes para alimentá-la …





Mais alguns dias e a lagarta está completamente transformada: agora é uma crisálida (pupa). Engenharia, química, camuflagem (mimetismo), profundas transformações ocorrem em questão de horas. Não bastasse o intenso e complexo processo de transformação que o organismo terá de cumprir, ainda há codificação genética para que a crisálida tenha semelhança externa da própria folha de Senna (forma, textura e cor).



Sob luz artificial o mimetismo desaparece: a crisálida brilha de forma intensa, destacando-se da folhagem.
Examinando um pouco mais de perto a transformação da lagarta em crisálida…
O relógio biológico dispara seus sinais e então a lagarta terá pouco tempo para completar suas duas últimas tarefas: encontrar o local ideal para fixar-se e efetuar sua última “muda” (troca do exosqueleto), que culminará na formação da crisálida.




Por meio de uma substância adesiva resistente, a lagarta fixa-se ao ramo pela parte traseira. Pela parte dianteira, tece um “laço” também fixado ao ramo e envolvendo-a aproximadamente pelo meio. Controlado por hormônios, o processo de muda e formação da crisálida terá início. Os anéis listrados descolorem rapidamente enquanto todo o corpo da lagarta começa a ser alterado de forma abrupta.




Um rápido crescimento celular na região ventral logo abaixo da cabeça tem início. Ele toma a forma de uma “bolha” que logo percebemos ser a região que encapsulará as futuras asas. Essa é a mesma formação que mimetiza (camuflagem) a folha da planta. A postura inicial, se entendida como côncava, torna-se convexa. Desaparecem as pernas, forma-se completamente a cápsula que conterá as asas, uma ponta surge onde era a cabeça e no dorso (agora côncavo) forma-se a região que conterá as futuras pernas. Todo o processo ocorre em cerca de 3 horas.



Agora vem a parte complicada...

O hormônio, responsável por iniciar o vertiginoso processo de mudança, ordena a fabricação de sucos digestivos que literalmente destroem grande parte do corpo da lagarta, transformando os órgãos internos em uma matéria cremosa: é a histólise. A histólise gera assim nutrientes, mas mantém vivas células não diferenciadas, os histoblastos.



Os histoblastos  iniciam o processo de reconstrução do novo corpo: é a histogênese. Os nutrientes gerados pela histólise serão utilizados na histogênese.



A morte da lagarta dá inicio à vida da borboleta.


As intensas alterações ocorridas parecem agora dar lugar à calmaria. Nesta fase, a capacidade de movimentar-se é reduzida ao mínimo e o que se vê seria bem melhor descrito como uma folha que qualquer outra coisa.
Bem, isso é o que parece. Uma fina camada separa sua aparente calma exterior de um conturbado e frenético mundo interior. Os últimos sete dias marcaram profundas mudanças. Mudanças que irão alterar o habitat e todo estilo de vida de até então. Novos órgãos foram criados, todos desenhados para cumprir a dura tarefa de sobreviver e perpetuar-se no novo mundo. São asas, aparelho sugador especializado para o néctar, sensores nas patas, antenas ultra-sensíveis, olhos compostos e que enxergam ultravioleta, desenhos identificadores do gênero e de alerta e a capacidade de reprodução.


A dois dias da emergência do adulto, as asas tornam-se opacas, marcando o início do processo de coloração e maturação. Também os olhos escurecem. A membrana da (pupa) começa a ficar translúcida. Já é possível ver as asas praticamente formadas através dela.



Quanto tempo leva uma lagarta para voar? (O ciclo)
Infinito para ela, nove dias para nós. A natureza reserva ainda alguns segredos antes de libertá-la da Pupa: aguarda a chegada das horas mais serenas da madrugada, para evitar os algozes.
Um par de horas antes a membrana torna-se cada vez mais translúcida até que a linha de ruptura se parte.
Esgueira-se por aí a mais nova borboleta do mundo.


Aqui ou em qualquer outra parte do planeta, as Phoebis spp. cumprem, da mesma forma, mais uma de suas fases, geneticamente traçadas. Responde ao vento como uma folha. Assim, o ser que nasce duas vezes aguarda a distensão e consistência das suas asas.






São três horas. Em mais três experimentará o primeiro vôo.




Fonte (principal): http://en.wikipedia.org/wiki/Metamorphosis
- A metamorfose da Phoebis sennae é dita completa (holometabolismo)

- Para quem quiser acompanhar praticamente todo o processo, sugiro ver o

E se quiser ver ao vivo, plante uma Senna!