terça-feira, 10 de abril de 2012

Estudo mostra como as borboletas reagem às mudanças climáticas


De acordo com a pesquisa, por causa das mudanças climáticas, algumas borboletas estão se movendo para as florestas à procura de um ambiente mais fresco.



Nesta foto, no fruto de caju, tem uma borboleta e três vespas.

Uma pesquisa realizada pela Universidade de York, no Reino Unido, sugere que devido às mudanças climáticas algumas borboletas estão migrando para as florestas à procura de um ambiente mais fresco. No entanto, os pesquisadores descobriram que o número de indivíduos que fazem este deslocamento não é grande o suficiente para salvar as populações de borboletas.
 
"Muitas borboletas que analisamos podem estar ameaçadas pelas mudanças climáticas. Com as temperaturas mais elevadas, fica muito quente para muitas delas sobreviverem no sul da Europa", disse Andrew Suggitt, autor principal da pesquisa em entrevista ao site Live Science.
 
Foram analisados dados de 36 espécies de borboletas coletadas entre 1994 e 2009 a partir de programas monitorados no Reino Unido e Espanha. Os cientistas olharam, especificamente, para o número de espécies e indivíduos em habitats fechados e sombreados contra habitats abertos e ensolarados, e então compararam essas informações com a temperatura média para a época. O resultado mostrou que existem maiores proporções de indivíduos em habitats fechados e mais frescos com maior frequência em anos com temperaturas máximas, mais altas.
 
"Nós pensamos que as borboletas podem ser capazes de utilizar habitats mais frescos para escapar de temperaturas mais quentes," disse Suggitt. "Se elas estão fazendo isso agora, elas podem ser capazes de fazer isso para escapar do aquecimento do clima."
 
Na Espanha, pesquisadores observaram que cerca de 75% das espécies de borboletas (25 de 36) foram capazes de fazer uso de partes mais frias de seus habitats, mas este era apenas um número muito pequeno de indivíduos - cerca de 1,3 % da população de borboletas deslocado por cada grau Celsius de aumento da temperatura.
 
A análise mostrou que elas fizeram uso dos habitats mais frescos para fazer coisas vitais, como acasalamento, alimentação e completar seu ciclo de vida. "O problema é que a proporção real da população de borboletas que faz a mudança é muito pequena."
 
Como resultado, os pesquisadores encontraram um efeito consistente de microclima em associações de espécies em habitat com um número maior de indivíduos sendo encontrados em ambientes mais frescos e fechados em anos e regiões mais quentes. No Reino Unido, as borboletas usam habitats fechados em anos com temperaturas máximas altas. Na Espanha, as espécies associavam-se mais frequentemente com habitats fechados, quando havia qualquer aumento de temperatura.
 
Os pesquisadores concluíram que, embora a maioria das espécies possa fazer uso de áreas mais frias, o número não é suficiente para proteger as espécies das alterações no clima. Com informações Live Science.

CicloVivo - EcoAgência

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