Pesquisadores de Yale estudaram o processo de evolução das asas da espécie 'Bicyclus anynana'
As borboletas Bicyclus anynana usam padrão de asa para identificar machos da mesma espécie (Cortesia - Universidade de Yale)
Uma pergunta sempre intrigou os biólogos que estudam a seleção sexual (quando se trata não da disputa pela sobrevivência e sim pela chance de se reproduzir): se as borboletas fêmeas identificam os machos de sua espécie pelo padrão das manchas em suas asas, como novos padrões de asas se desenvolvem nos machos?
Para buscar a resposta, pesquisadores da Universidade de Yale fizeram um estudo com borboletas da espécie Bicyclus anynana e concluíram que as fêmeas são predispostas a gostar de um modelo específico, mas que ao longo da vida elas podem adquirir novas preferências, geralmente por machos com cores mais vistosas. O trabalho foi publicado nesta segunda-feira na revista Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS).
As borboletas Bicyclus anynananaturalmente têm duas manchas em suas asas. Para descobrir como as fêmeas podem gostar de outros padrões de cores, os pesquisadores colocaram um grupo de fêmeas em contato com borboletas com quatro manchas. A partir de então, essas não deram mais preferência aos machos com duas manchas.
Em contrapartida, as fêmeas inicialmente expostas a machos com uma ou nenhuma mancha, com tons de cinza e marrom, não mudaram suas preferências originais.
"O que nos surpreendeu foi que as fêmeas adquiriam essa preferência depois de pouco tempo em contato com machos", disse Erica L. Westerman, do Departamento de Biologia e Ecologia Evolucionista de Yale e principal autora do estudo.
"Existe um modelo de aprendizado, e elas aprenderam que ornamentação extra é melhor", disse a escocesa Antónia Monteiro, pesquisadora de Yale e uma das autoras do estudo.
As descobertas de que o ambiente social pode mudar a preferência de borboletas fêmeas ajuda a explicar como novos modelos de asas evoluem, dizem os pesquisadores. Agora Westerman e sua equipe querem agora descobrir como as fêmeas aprendem a fazer as suas escolhas.
"Nós estamos agora investigando o que impede as fêmeas de se acasalarem com machos de outras espécies durante o período de aprendizagem," diz Westerman.
CONHEÇA A PESQUISA
Título original: The male did not have to court them or engage in flashy behavior
Onde foi divulgada: revista PNAS
Quem fez: Erica L. Westerman, Antónia Monteiro, Andrea Hodgins-Davis e April Dinwiddie
Instituição: Universidade de Yale (Estados Unidos)
Dados de amostragem: borboletas da espécie
Resultado: borboletas sabem reconhecer os machos da mesma espécie através do modelo das asas, mas com o tempo podem aprender a preferir novos padrões de asas, geralmente mais vistosas.
CONHEÇA A PESQUISA
Título original: The male did not have to court them or engage in flashy behavior
Onde foi divulgada: revista PNAS
Quem fez: Erica L. Westerman, Antónia Monteiro, Andrea Hodgins-Davis e April Dinwiddie
Instituição: Universidade de Yale (Estados Unidos)
Dados de amostragem: borboletas da espécie
Resultado: borboletas sabem reconhecer os machos da mesma espécie através do modelo das asas, mas com o tempo podem aprender a preferir novos padrões de asas, geralmente mais vistosas.
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