segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Biólogos encontram nova espécie de borboleta em projeto de transposição

Espécie foi encontrada na mata ciliar de Brejo Santo-CE a Cabrobó-PE. Comunidade científica descreve a espécie com a publicação de artigo.



Nova espécie de borboleta é encontrada nas obras da transposição do Rio São Francisco.
Biólogos do Centro de Conservação e Manejo de Fauna da Caatinga (Cemafauna) que atuam em estudos do Projeto de Integração do Rio São Francisco encontraram uma nova espécie de borboleta. Ela apareceu na área de monitoramento no trecho da transposição em Brejo Santo-CE. A descrição da espécie já foi feita em um artigo que está prestes a ser publicado, apresentando assim a borboleta a toda comunidade científica.
O Coordenador do Cemafauna, Luiz César Machado, explica que na mata ciliar de Brejo Santo- CE a Cabrobó- PE é possível encontrar a nova espécie, que possui uma coloração diferente das outras. “Ela é muito parecida com as borboletas brasileiras, mas não apresenta uma mancha vermelha e tem um número diferente de nervuras nas asas”, explica.
Segundo Luiz César, a borboleta ainda não possui um nome. Mas tudo indica que ela receba uma identificação que faça referência ao Submédio São Francisco, lugar onde foi encontrada. No Cemafauna há cerca de 50 espécies de borboletas já conhecidas e catalogadas.
O centro foi criado em 2008 através de uma parceria entre a Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) e o Ministério da Integração Nacional.  O projeto conta com uma equipe de 50 biólogos e veterinários. A sede do Cemafauna fica no Campus de Ciências Agrárias da Universidade em Petrolina, no Sertão pernambucano.
Além do monitoramento dos trechos leste e norte das obras de transposição para perceber os impactos na flora e fauna, o centro se dedica também ao resgate, o tratamento e a catalogação de animais silvestres. Segundo o coordenador do Cemafauna, já foram capturados 23 mil exemplares de animais e 85 % deles retornaram para a natureza.
Além disso, também foi criado um Museu da Fauna com acervo de diferentes espécies, esqueletos que dão suporte a pesquisas nas áreas. O espaço criado em julho de 2012 revela a importância dos animais silvestres encontrados na caatinga.
O Museu da Fauna da caatinga tornou-se um ponto turístico da região, um espaço aberto à visitação e elaboração de atividades acadêmicas. As visitas devem ser agendadas pelo site do centro. O Cemafauna funciona de terça a sexta, das 9h às 18h e sábado em horário especial.

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