segunda-feira, 21 de julho de 2014

Espécies de borboletas do Parque da Serra de Itabaiana.,

Pesquisador estuda espécies de borboletas no Parque da Serra de Itabaiana.

Imagem apenas ilustrativa.


Sergipe terá pela primeira vez um estudo com o objetivo de conhecer as espécies de borboletas do Parque Nacional da Serra de Itabaiana. O projeto é coordenado pelo professor da Universidade Federal de Sergipe (UFS), Luiz Anderson Ribeiro Leite, que realiza no departamento de Biologia o primeiro estudo e registro sobre as espécies de Lepitopteras (borboletas) que habitam a vegetação do parque. O trabalho é uma parceria entre pesquisadores UFS e a Universidade Federal do Paraná (UFPR), e conta com o apoio financeiro da Fundação de Apoio à Pesquisa e à Inovação Tecnológica de Sergipe (Fapitec/SE).

Dentre as atividades previstas no projeto, os pesquisadores propõem-se a coletar, identificar, classificar e estudar as espécies de borboletas que habitam o ecossistema do parque. O estudo é direcionado para conhecer as espécies já existentes, as raras e as novas que por ventura sejam identificadas. Segundo Luiz Anderson, a pesquisa também tem o intuito de conhecer a fauna e a flora do Parque de Itabaiana, para poder analisar o andamento do ciclo natural e estudar formas de prevenir a natureza da degradação provocada pelo ser humano.

O pesquisador explica que em Sergipe não havia sido realizado um estudo desse tipo. Em uma listagem feita em 2008 no Brasil, percebeu-se que apenas o estado de Sergipe não tinha registro de informações sobre as espécies de Lepidoptera.. Luiz Anderson explica que o estudo das borboletas é importante para subsidiar o planejamento da política ambiental.

“Imagine se em um parque como esse não tenha um plano de conservação? Sabe-se que o Parque de Itabaiana é uma área aonde a comunidade tem acesso. E, de certa forma, como não se existe ainda uma educação ambiental forte, acaba ocorrendo uma degradação muito grande. Imagina só se essa área desaparece e suas espécies entram em extinção, sendo elas raras ou até mesmo novas” explica.

Além disso, o pesquisador Luiz Anderson alerta que o estudo não deve ser somente voltado para as borboletas, como também para todas as espécies, com o intuito de conhecer o ambiente natural que se tem. “Esse conhecimento faz com que, futuramente, esses planos de manejo possam existir voltados à conservação de determinadas áreas no intuito de evitar a degradação, pois sabemos que nossas florestas são importantíssimas, principalmente em um país tropical e rico de biodiversidade como o Brasil. O objetivo é conhecer para evitar perder” afirma.

Pesquisa de campo
A coleta das informações é feita mensalmente de forma ativa pela equipe técnica. Na forma ativa, utiliza-se a clássica redinha de captura de insetos passando um período de oito da manhã a seis, dependendo do dia e da condição climática (com chuva ou não). Já na forma de armadilha, que é direcionada para as borboletas mais fugitivas, utilizam-se iscas, onde o inseto é atraído. As borboletas coletadas são levadas para o laboratório e depois são preparado e, em seguida, vão para a coleção. 

Segundo o pesquisador, uma das formas de identificação pode ser feita pela comparação com as espécies apresentadas em livros específicos do assunto. Tal análise é feita através das características morfológicas dos insetos. Se o tipo for raro, utiliza-se, também, outros meios de identificação que podem ser pelo o acesso à internet ou por meio de consulta à especialistas no assunto.

Por: Adriana Freitas

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