Pesquisador estuda espécies de borboletas no Parque da Serra de Itabaiana.
Imagem apenas ilustrativa.
Sergipe terá pela primeira vez um estudo com o objetivo de conhecer as espécies de borboletas do Parque Nacional da Serra de Itabaiana. O projeto é coordenado pelo professor da Universidade Federal de Sergipe (UFS), Luiz Anderson Ribeiro Leite, que realiza no departamento de Biologia o primeiro estudo e registro sobre as espécies de Lepitopteras (borboletas) que habitam a vegetação do parque. O trabalho é uma parceria entre pesquisadores UFS e a Universidade Federal do Paraná (UFPR), e conta com o apoio financeiro da Fundação de Apoio à Pesquisa e à Inovação Tecnológica de Sergipe (Fapitec/SE).
Dentre as atividades previstas no projeto, os pesquisadores propõem-se a coletar, identificar, classificar e estudar as espécies de borboletas que habitam o ecossistema do parque. O estudo é direcionado para conhecer as espécies já existentes, as raras e as novas que por ventura sejam identificadas. Segundo Luiz Anderson, a pesquisa também tem o intuito de conhecer a fauna e a flora do Parque de Itabaiana, para poder analisar o andamento do ciclo natural e estudar formas de prevenir a natureza da degradação provocada pelo ser humano.
O pesquisador explica que em Sergipe não havia sido realizado um estudo desse tipo. Em uma listagem feita em 2008 no Brasil, percebeu-se que apenas o estado de Sergipe não tinha registro de informações sobre as espécies de Lepidoptera.. Luiz Anderson explica que o estudo das borboletas é importante para subsidiar o planejamento da política ambiental.
“Imagine se em um parque como esse não tenha um plano de conservação? Sabe-se que o Parque de Itabaiana é uma área aonde a comunidade tem acesso. E, de certa forma, como não se existe ainda uma educação ambiental forte, acaba ocorrendo uma degradação muito grande. Imagina só se essa área desaparece e suas espécies entram em extinção, sendo elas raras ou até mesmo novas” explica.
Além disso, o pesquisador Luiz Anderson alerta que o estudo não deve ser somente voltado para as borboletas, como também para todas as espécies, com o intuito de conhecer o ambiente natural que se tem. “Esse conhecimento faz com que, futuramente, esses planos de manejo possam existir voltados à conservação de determinadas áreas no intuito de evitar a degradação, pois sabemos que nossas florestas são importantíssimas, principalmente em um país tropical e rico de biodiversidade como o Brasil. O objetivo é conhecer para evitar perder” afirma.
Pesquisa de campo
A coleta das informações é feita mensalmente de forma ativa pela equipe técnica. Na forma ativa, utiliza-se a clássica redinha de captura de insetos passando um período de oito da manhã a seis, dependendo do dia e da condição climática (com chuva ou não). Já na forma de armadilha, que é direcionada para as borboletas mais fugitivas, utilizam-se iscas, onde o inseto é atraído. As borboletas coletadas são levadas para o laboratório e depois são preparado e, em seguida, vão para a coleção.
Segundo o pesquisador, uma das formas de identificação pode ser feita pela comparação com as espécies apresentadas em livros específicos do assunto. Tal análise é feita através das características morfológicas dos insetos. Se o tipo for raro, utiliza-se, também, outros meios de identificação que podem ser pelo o acesso à internet ou por meio de consulta à especialistas no assunto.
Por: Adriana Freitas
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