quarta-feira, 3 de julho de 2019

Insetos na Esalq 2019

Workshop Esalq – Insetos na Alimentação Humana.


Para demostrar com linguagem simples e direta à comunidade de Piracicaba e região a importância dos insetos, acontecerá no próximo dia 27 de julho mais uma edição da feira Insetos na Esalq. A atividade trará atividades práticas que ilustram o papel dos insetos como polinizadores de plantas, pragas da agricultura e urbana, reguladores de população de pragas, cicladores de nutrientes do solo, transmissores de doenças ao ser humano e seu uso na alimentação humana e animal, bem como curiosidades gerais acerca destes organismos nas artes e/ou cultura geral. “Além disso, abrimos as portas da universidade para que a comunidade conheça suas atividades de ensino, pesquisas e extensão”, comenta o coordenador do evento, Pedro Takao Yamamoto, professor do departamento de Entomologia e Acarologia da Esalq.
Todas as atividades são gratuitas, ocorrerão das 9h às 16h, na rua principal do Departamento de Entomologia. Podem participar toda a comunidade de Piracicaba e região, estudantes, profissionais, terceira idade e associações em geral, sem restrições de idade.
NÃO HÁ NECESSIDADE DE INSCRIÇÕES
Programação
Workshop Insetos na Alimentação Humana
Workshop prático ministrado pelo Chef e Prof. Rossano Linassi (Instituto Federal Catarinense, Camboriú-SC). Nesse workshop o Professor irá expor dados e curiosidades sobre o uso de insetos na alimentação humana, quais países e culturas tem este hábito, quais insetos são comestíveis e o por que a FAO/ONU recomenda os insetos na alimentação humana. Simultaneamente o Chef irá preparar e ensinar receitas à base de insetos. O palestrante já participou de diversos programas de TV entre eles Programa do Jô e Encontros com Fátima Bernardes da rede Globo.
Durante todo o evento haverá degustação de pratos elaborados com insetos.
Horários do workshop: 9:00
Visitas Guiadas
Visita guiada 1 – Borboletário
Nessa visita o público conhecerá um pouco sobre a vida das borboletas, ciclo de vida (ovo-larva-pupa) hábitos alimentares e a importância das borboletas no ecossistema diferenças entre borboletas e mariposas. Tudo isso observando, tocando e sentindo os insetos em um borboletário. A visita será conduzida por especialistas, que apresentarão informações sobre o desenvolvimento das borboletas apresentando espécimes de destacada beleza montados em caixas entomológicas e posteriormente conduzirá os visitantes pelo borboletário tirando dúvidas e tentando esclarecer mitos e superstições acerca destes insetos. O tempo de cada visita será de 30 minutos.
Horários da visita: 9:00; 10:00; 11:00; 13:00; 14:00; 15:00 e 16:00
Visita guiada 2 – Formigueiro
Por meio de um formigueiro transparente (localizado no Departamento de Entomologia e Acarologia da Esalq) visitante poderá ver as formigas trabalhando dentro da sua “própria casa” e observar as diferentes funções efetuadas por cada grupo, produção de alimento, cuidados com os ovos, segurança e limpeza. A “vida íntima” das formigas será exposta e explicada por pesquisadores da Esalq que irão mostrar aos visitantes a organização social e funcionamento do formigueiro didático, além de tirar dúvidas dos participantes. O tempo de cada visita será de 30 minutos.
Horários da visita: 9:00; 10:00; 11:00; 13:00; 14:00; 15:00 e 16:00
Visita guiada 3 – Meliponário
Nessa estação o visitante irá ver que nem todas abelhas tem ferrão (picam). No meliponário do Departamento de Entomologia e Acarologia o visitante vai conhecer as abelhas 100% brasileiras que não possuem ferrão e tem um comportamento mais dócil em relação às abelhas introduzidas da África. Os pesquisadores do Laboratório de Insetos Úteis irão mostrar aos visitantes as diferentes espécies sem ferrão, seus hábitos e comportamentos, importância no ecossistema e que além de tudo, essas abelhas também produzem um saboroso e nutritivo mel. Durante a feira os participantes terão oportunidade de degustar diferentes tipos de mel. O tempo de cada visita será de 30 minutos.
Horários da visita: 9:00; 10:00; 11:00; 13:00; 14:00; 15:00 e 16:00
Estações
Nas estações, os visitantes poderão conhecer um pouco mais sobre a vida dos insetos, nessas serão expostas curiosidades, questões de saúde pública, artes com insetos, métodos alternativos de controle de pragas, conhecer os insetos que vivem em seu quintal e como controlar em sua horta e as crianças poderão se divertir no espaço “kids”. As estações não terão horários agendados para a exposição dos conteúdos, sendo que os monitores estarão disponíveis para informar o visitante durante todo o funcionamento do evento.
Estação 1 – Insetos e aracnídeos e o homem
Nessa tenda o visitante poderá tirar dúvidas sobre os métodos de controle do inseto vetor da dengue, zika e chikungunya. Será orientado sobre os mitos acerca do inseto, sobre os métodos de controle que não funcionam e são disseminados por diferentes veículos de informação. Aprenderá a identificar e combater o inseto, diferentes fases dos carrapatos, biologia dos carrapatos, transmissão de doenças por carrapatos. As táticas de controle de vetores de agentes causais de doenças aos seres humanos, que realmente funcionam, serão expostas aos visitantes.
Estação 2 – Controle biológico
Nessa tenda o visitante vai aprender que não é só agrotóxico que combate as pragas agrícolas e que alimentos mais saudáveis e menos nocivos ao meio ambiente podem ser produzidos com o uso de “inimigos naturais”, que são insetos ou ácaros, ou “doenças de insetos” (entomopatogenos) que matam as pragas agrícolas controlando-as de uma maneira mais racional e sustentável. Serão apresentados ao visitante os casos de sucesso de uso desta técnica mostrando que já é uma realidade presente em grandes áreas agrícolas no Brasil.
Estação 3 – Curiosidades sobre os insetos
Nessa tenda o visitante poderá aprender a identificar os insetos, sabendo diferencia-los dos aracnídeos (aranhas, carrapatos e escorpiões). Poderá conhecer as diferentes espécies e ordens de insetos e onde eles podem viver e do que se alimentar. Os monitores irão expor ao visitante insetos curiosos e com hábitos “diferentes”.
Estação 4 – Artes e Insetos
Nessa tenda serão apresentados pinturas e desenhos cujo tema são os insetos, seja de forma artística ou de forma científica, por meio de ilustrações que fazem parte de trabalhos de identificação de novas espécies. Os insetos têm sido inspiração para artistas desde os tempos mais remotos e sua representação em obras possui uma série de significados que serão expostos aos visitantes.
Estação 5 – Insetos em seu quintal e horta caseira
A ideia é proporcionar aos visitantes conhecimento para controlar pragas em sua horta caseira e no jardim de suas casas, com produtos alternativos, com baixo impacto sobre os moradores e animais domésticos e que não cause desiquilíbrio. Além disso, prover conhecimento para conduzir sua horta caseira, apresentando técnicas de plantio, opções de plantas a cultivar e tratos culturais e fitossanitários.
Estação 6 – Espaço Kids/ninfas
Espaço onde as crianças poderão brincar e desenvolver atividades relacionadas aos insetos. Nessa estação, a criança terá oportunidade de ter um desenho em sua mão, braço ou rosto com tema de insetos, com tintas coloridas e cintilantes que não causam danos à sua pele. Haverá também, nesse espaço, um desenho de insetos que será pintado por todos os participantes e espera-se que ao final da feira tudo esteja pintado. Esse desenho será emoldurado e sorteado posteriormente para uma criança que deverá realizar um cadastro prévio. As crianças ao adentrar ao evento receberão um “passaporte entomológico” para ser carimbado em todas as atrações do evento, ao final, se completar o passaporte serão agraciados com um brinde exclusivo do Insetos na Esalq.

quinta-feira, 30 de maio de 2019

Ciclo de Vida da Borboleta

Um plano de aula sobre o Ciclo de Vida da Borboleta.




Prepare uma aula interessante e divertida sobre o ciclo de vida da borboleta. As crianças vão adorar o assunto e você pode envolvê-las com muitas atividades criativas, como música, vídeos e exercícios para colorir. 




Existem muitos materiais disponíveis na internet sobre o ciclo de vida de um dos animaizinhos mais observados e queridos pelas crianças. O plano de aula Ciclo de Vida da Borboleta do Escola Educação fez um apanhado de boas ideias sobre o assunto para divertir e ensinar os pequenos.



Objetivos da aula 
  • Sequenciar o ciclo de vida da borboleta;
  • Desenvolver habilidades motoras, de memória e criatividade através de pintura, recorte e colagem;
  • Estimular o desenvolvimento da oralidade por meio de roda de conversa;
  • Conhecer o fenômeno da metamorfose das borboletas.
Grau: Educação Infantil
Disciplina: Ciências
Prepare um cartaz para a sala de aula com imagens de cada fase do ciclo de vida da borboleta. Uma sugestão muito legal, e que chama atenção dos estudantes, é montar o material com tipos diferentes de macarrão. Veja exemplos abaixo que estão em inglês, mas podem ser facilmente replicados em português.



Para que o macarrão fique colorido, pinte a massa com canetinha ou tinta guache. As fases do ciclo de vida da borboleta são: lagarta, pupa (crisálida), borboleta e ovos.

Introdução da aula 

Com o exemplo ilustrativo pronto, comece a aula e receba as crianças com a música “A borboleta e a lagarta” do grupo Palavra Cantada  (letra de Paulo Tatit). 

Você também pode copiar, no quadro, o poema de Vinícius de Moraes, ” As Borboletas”  e ler com as crianças no início da aula, confira o texto:

As Borboletas (1970)

Brancas
Azuis
Amarelas
E pretas
Brincam
Na luz
As belas
Borboletas.Borboletas brancas
São alegres e francas.Borboletas azuis
Gostam muito de luz.As amarelinhas
São tão bonitinhas!E as pretas, então…
Oh, que escuridão!

Vídeo explicativo e divertido sobre metamorfose

Após a introdução do tema com o poema ou a música do Palavra Cantada, ou se você tiver tempo, com os dois, pergunte para as crianças o que elas sabem sobre as borboletas, se sabem como elas nascem. Questione, sabia que a borborleta já foi uma lagartinha? E que passou por um lindo processo de transformação chamado metamorfose?
Diga que agora vão assistir um vídeo sobre a vida da borboleta, sobre metamorfose. Passe um vídeo explicativo animado em sala. O conteúdo abaixo pode ser uma boa opção.
 Confira:

Depois do vídeo, promova uma roda de conversa, questione os estudantes o que eles entenderam, exponha o cartaz do ciclo de vida da borboleta preparado por você para a aula e vá repassando fase por fase.

 Exercícios práticos de fixação do conteúdo

Para fixar o conteúdo estudado, distribua atividades para pintura e memória. Você também pode levar tipos de macarrão diferentes para a sala, os mesmos que você utilizou para o cartaz,  e separar os alunos por equipes para construirem o trabalho deles. Forneça tinta guache, canetinhas e papel para colagem.
Veja exemplos de atividades práticas que podem ser utilizadas na aula.


Imagem: Reprodução Ale Fazendo Arte



Imagem: Reprodução Ale Fazendo Arte


Imagem: Reprodução Ale Fazendo Arte


Imagem: Reprodução Ale Fazendo Arte 

Nessa atividade você pode pedir para completarem com escrita, indicando todas as fases e disponibilizar os tipos de macarrão para pintura e colagem.(Imagem: Reprodução)

Ao final dos exercícios de fixação, cole os trabalhos dos estudantes no mural da sala.

Materiais necessários

Se você organizar o final da aula com colagem, irá precisar dos seguintes materiais:
  • Tinta guache;
  • Pincéis;
  • Canetinha;
  • Cola;
  • Exercício para colagem;
  • Diferentes tipos de macarrão para representar as fases da borboleta.
Fonte: https://escolaeducacao.com.br/plano-de-aula-ciclo-de-vida-da-borboleta/

quarta-feira, 10 de abril de 2019

Lagarta-cobra.










A surpreendente lagarta-cobra, a lagarta que 'acha' que é cobra.



As mariposas da espécie ‘Hemeroplanes triptolemus’, durante a sua fase larval, tem uma característica peculiar: o animal tem a aparência que lembra uma cobra, até com olhos semelhantes.


A característica da lagarta-cobra serve para que elas espantem possíveis predadores. 

A habilidade é resultado da capacidade da lagarta de expandir seus segmentos corporais anteriores quando se sente ameaçada, o que lhe da aparência do réptil.

Quando viram mariposas, vivem entre 10 e 30 dias. As lagartas desta espécie são encontradas, principalmente, em regiões da Costa Rica, Belize, México e Guatemala.


O corpo possui manchas se estendendo da cabeça para o tórax que parecem olhos de cobra, a imitação é tão perfeita que pode possuir até pontos brancos simulando o brilho dos olhos.



Suas lagartas alimentam-se de Mesechites trifida

Imagem relacionada


Resultado de imagem para Mesechites trifida


Na sua forma de larva, o Hemeroplanes triptolemus expande os segmentos anteriores do seu corpo para imitar a aparência de uma cobra, com manchas para os olhos. Este mimetismo com as cobras estende-se mesmo ao seu comportamento, já que atacará inofensivamente possíveis predadores



Lagarta de Hemeroplanes triptolemus



Lagarta de Hemeroplanes triptolemus


Imagem relacionada
Pupa de Hemeroplanes triptolemus



A mariposa (adulto) Hemeroplanes triptolemus.


 O adulto se alimenta-se de néctar.
Esta mariposa é comum na Costa Rica, Belize, México e Guatemala, e provavelmente voa da América Central até à Colômbia, Equador, Bolívia, Argentina, Venezuela e Guiana.



(adulto) Hemeroplanes triptolemus

Resultado de imagem para Hemeroplanes triptolemus
(adulto) Hemeroplanes triptolemus


Dados sobre a espécie:

Classificação científica
Reino:Animalia
Filo:Arthropoda
Classe:Insecta
Ordem:Lepidoptera
Família:Sphingidae
Género:Hemeroplanes
Cramer1779[1]
Espécie:H. triptolemus
Nome binomial
Hemeroplanes triptolemus

creditos:
https://topbiologia.com/lagarta-cobra/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Hemeroplanes_triptolemus

quarta-feira, 27 de março de 2019

Pesquisa brasileira identifica nova tática de sobrevivência em borboletas

“Uma borboleta muito venenosa imitaria outra muito rápida e de ampla distribuição também para minimizar as chances de predação”.


Heraclides anchisiades
Todos os animais desenvolvem habilidades e táticas para viverem melhor e com mais segurança. Se nós, humanos, fazemos isso o tempo todo, outros seres também o fazem.
Uma pesquisa brasileira descreveu uma nova tática de sobrevivência descoberta em borboletas.
O estudo envolve pesquisadores da Universidade de Campinas (Unicamp) e da Universidade de Brasília (UnB) em cooperação com a (EUA), conforme divulgou a Agência da FAPESP.
A comunidade científica já sabia que várias espécies de borboletas, ao longo de seu processo evolutivo, desenvolveram a capacidade de liberar toxinas com um gosto nada palatável para evitar alguns predadores, como pássaros. Além do gosto desagradável, as toxinas também deixam um rastro em cores vivas – o que seria um tipo de aviso prévio para os predadores.
As borboletas que não tinham gosto desagradável acabaram tendo que desenvolver táticas de sobrevivência para não ficaram em desvantagem, como, por exemplo, a velocidade. Outra tática é terem um padrão de formas e cores nas asas que informa que elas são mais rápidas e, portanto, mais difíceis de serem capturadas.
alvo preferencial dos predadores são as borboletas palatáveis e mais lentas, por motivos óbvios. Mas essas também tiveram que se virar para não virarem comida de pássaro. Tais borboletas criaram suas próprias táticas de sobrevivência, entre elas, o mimetismo de escape, uma estratégia que as permite imitar as cores das não palatáveis.
O coordenador da pesquisa, André Lucci Freitas (Unicamp), e o pesquisador Carlos Eduardo Guimarães Pinheiro (UnB) e demais envolvidos já vinham estudando as espécies Heraclides anchisiades capys (palatável e rápida) e Parides anchises nephalion (não palatável, lenta e venenosa).
evolucao mimetismo borboletas
Embora ambas as espécies apresentem diferenças, elas têm algo em comum: padrão de coloração, um exemplo de mimetismo.
Aparentemente, a espécie H. anchisiades tem a coloração de uma borboleta muito tóxica. A ave que não observar o padrão de cores tóxicas e tentar predá-la vai gastar muita energia com uma borboleta muito rápida e correr o risco de ficar sem comida. Essa estratégia de sobrevivência, que usa o mimetismo para enganar as aves, faz com que essa borboleta reduza as possibilidades de predação e possa seguir a sua vida em busca de alimento e reprodução.
De acordo com Freitas:
A borboleta veloz imita a borboleta tóxica e, dessa forma, ganha vantagens adaptativas ao associar a sua velocidade a uma característica (a toxicidade) identificada pelas aves como gosto ruim”.
Já a P. anchises é uma das borboletas que figura entre as mais venenosas da América tropical, embora seja lenta. A sua adaptação está em ter a mesma padronagem de cor da H. anchisiades, que é muito veloz.
A curiosidade é que o habitat da borboleta venenosa são os trópicos e o da mais veloz, todas as Américas. Isso fez com que o último ancestral comum da H. anchisiades mimetizasse a P. anchises, ou seja, o mimetismo ocorrido da vantagem adaptativa fez a espécie espalhar-se por toda o continente americano.
Uma segunda hipótese levantada por Freitas é de que:
“Uma borboleta muito venenosa imitaria outra muito rápida e de ampla distribuição também para minimizar as chances de predação”.
É sobre essa hipótese a que o estudo agora se dedica.
A pesquisa explica ainda que:
“Argumentava-se que o mimetismo de escape só existiria em espécies palatáveis. Nossa pesquisa sugere que, em diversos casos, uma espécie impalatável poder estar fazendo uso do mimetismo de escape. Com isso, a teoria do mimetismo muda e ganha em complexidade”.
Os pesquisadores reconhecem que a publicação deve gerar muita discussão entre os especialistas. Segundo Pinheiro, o trabalho contribui porque mostra que a coloração das borboletas está relacionada não apenas ao aspecto palatabilidade, como também à associação feita pelos predadores sobre suas cores e a dificuldade em capturá-las.
Pinheiro reconhece que:
“Além disso, mesmo algumas borboletas impalatáveis podem também ser rápidas e usar as duas estratégias para evitar ataques de aves. O estudo levanta uma série de novas hipóteses para serem testadas em trabalhos futuros”.
O título do artigo, em inglês, é:Both Palatable and Unpalatable Butterflies Use Bright Colors to Signal Difficulty of Capture to Predators (doi: 10.1007/s13744-015-0359-5), de Pinheiro CE, Freitas AV, Campos VC, DeVries PJ, Penz CM, publicado no Neotropical Entomology, e pode ser lido em:

https://link.springer.com/article/10.1007%2Fs13744-015-0359-5?utm_medium=affiliate&utm_source=commission_junction&utm_campaign=3_nsn6445_brand_PID6169940&utm_content=de_textlink
  • atualizado: 








  • quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019

    Curiosidades sobre os insetos


    Borboletas se alimentam de lágrima, se fingem de mortas e inspiram aparelhos eletrônicos.

    Conheça algumas curiosidades sobre os insetos que reúnem mais de três mil espécies no Brasil.

    — Foto: Rudimar Narciso Cipriani / TG

    Colorações das borboletas chamam a atenção para estes insetos curiosos.


    Asas brilhantes, coloridas e detalhadas: o destaque para esses insetos fica sempre para o visual. Tão difícil quanto selecionar as fotos mais bonitas de borboletas é determinar o quanto sabemos sobre elas.
    A cultura popular e desconhecimento muitas vezes podem nos afastar de espécies curiosas e muito intrigantes.




     — Foto: Rudimar Narciso Cipriani / TG

    Alimentação das borboletas não se restringe ao néctar.

    Mais do que néctar


    Muito se sabe sobre o potencial das borboletas como polinizadoras. A fama vem do hábito de se alimentarem de néctar e de pólen de flores e, com isso, depositarem as substâncias por onde se locomovem. Mas, além dessa dieta, esses insetos também podem se alimentar de sais minerais.

    A estudante de Ciências Biológicas, Aline Vieira e Silva, trabalha com o levantamento de espécies de borboletas o Instituto Butantan, através da Iniciação Científica. Ela descreve que os sais minerais são retirados por elas de poças d’água, solos bastante úmidos e até de suor ou ainda das lágrimas de outros animais.

    — Foto: Rudimar Narciso Cipriani / TG

    Coloração das borboletas pode variar pela localização nas asas.


    “Além disso, existem espécies que se alimentam de frutos em decomposição, fezes de outros animais ou resina de árvores, conhecidas como borboletas frugívoras”, explica Aline. Há ainda algumas espécies que se tornam venenosas por conta da planta que se alimentam.

    Para se alimentar, todas as borboletas usam uma estrutura chamada de espirotromba. Esse é um órgão do aparelho bucal das borboletas que funciona como um “canudinho”. Normalmente, elas os mantêm enrolados e desenvolvem quando vão sugar algum alimento.

    — Foto: Aline Vieira e Silva / Acervo Pessoal

    Quando não se alimentam, borboletas mantém espiritromba enrolada 


    Borboleta morre rápido
    Nem sempre! O tempo de vida de uma borboleta pode variar muito de acordo com a espécie. Aline Vieira afirma que muitas delas, de fato, não vivem mais do que um mês quando chegam à fase adulta. Entretanto algumas espécies podem viver até um ano.
    “É o exemplo da Borboleta-Monarca (Danaus plexippus), alguns indivíduos vivem até 12 meses para conseguir realizar uma grande migração, que é característica dessa espécie”, relata a estudante.


    — Foto: Carlos Candia Gallardo/ Arquivo Pessoal

    Monarcas brasileiras também utilizam a coloração ao seu favor.


    Brilho não é perigo

    “As borboletas podem apresentar colorações muito bonitas e chamativas em suas asas. O que origina esses padrões são as pequenas escamas coloridas que recobrem toda as asas desses insetos”, explica Aline.

    As mesmas escamas produzem aquele “pózinho” que sentimos nos dedos quando seguramos uma borboleta por suas asas. Ao contrário do que muitos dizem, a estudante esclarece que esses fragmentos não cegam ou causam qualquer dano à saúde.

     — Foto: Jorge Lucas Moreira / VC no TG

    Dupla coloração das asas é técnica de disfarce das borboletas


    Mestre dos disfarces
    Algumas espécies de borboletas também adotaram uma habilidade: se fingirem de mortas. “Esse comportamento é chamado de tanatose e ocorre quando a borboleta, ao se sentir ameaçada, fica imóvel, sem voar ou se mexer, na tentativa de enganar seu predador e fazer com que ele perca o interesse nela”, explica Aline.

    Há ainda uma grande parte das borboletas que utilizam em seu benefício o padrão de coloração que possuem. Assim, se misturam com a cor do ambiente em que vivem, dificultando sua visualização.

    “É comum que a borboleta apresente essa coloração de camuflagem apenas na parte ventral das asas, com cores vivas e chamativas na parte dorsal. Dessa forma, quando está pousada com asas fechadas ela fica camuflada, e quando abre as asas expões a coloração que usa para se comunicar com outras borboletas”, descreve a estudante.


    — Foto: Rudimar Narciso Cipriani / TG

    Coloração de algumas borboletas favorecem a camuflagem 


    Borboletas e a tecnologia
    Você já esteve com o seu celular no sol e não conseguia ver o que estava na tela por conta do reflexo? Uma empresa de tecnologia se baseou nas borboletas para tornar a tela de telefones móveis claramente legível, até sob o brilho do sol.

    “O padrão de escamas encontrado na asa de algumas borboletas apresenta um azul metálico muito bonito e que reflete a luz do sol com muita eficiência. A empresa se baseou no mecanismo de reflexão das asas desses insetos para elaborar as telas que refletissem e aproveitassem melhor a luz ambiente”, explica Aline Vieira.



    — Foto: Rudimar Narciso Cipriani / TGComo observar borboletas?

    Parantes desta borboleta, do gênero Morpho, inspiraram mecanismos das telas dos celulares 

    Diante da diversidade de curiosidades sobre as borboletas, avistá-las também se torna uma tarefa de paciência e atenção. Assim como encontrar passarinhos, a observação de borboletas pode ser feita até mesmo em áreas urbanas.

    A ausência de nomes populares pode dificultar a identificação para o público leigo, mas algumas localizações oferecem uma variedade de espécies a serem avistadas. Um binóculo na mão e a delicadeza para não assustá-las garante uma experiência de sucesso ao lidar com esses insetos.


    — Foto: Arte/TGEm

    Dicas de borboletários no estado de São Paulo  Campinas (SP), o borboletário da Mata Santa Genebra funciona de segunda a sexta-feira, das 9 às 16 horas, e a entrada é gratuita.

    Todo primeiro domingo do mês são promovidas visitas monitoradas, oportunidade de observar e conhecer cerca de 20 espécies diferentes. Para participar da atividade é necessário fazer inscrição!
    Se você for de São Paulo, uma dica é visitar o Borboletário Águias da Serra que conta com 14 espécies diferentes de borboletas. Não é necessário agendar a visita, mas fique atento, pois o parque não funciona em dias com previsão de chuva.
    O borboletário fica aberto das 10 às 16 horas, aos sábados, domingos e feriados.



    — Foto: Rudimar Narciso Cipriani / TG

    Diversos locais auxiliam a observação das borboletas 
    **Créditos: 
    Por *Gabriela Brumatti, Terra da Gente 28/02/2019 07h10 

    https://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/

    https://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/terra-da-gente/noticia/2019/02/28/borboletas-se-alimentam-de-lagrima-se-fingem-de-mortas-e-inspiram-aparelhos-eletronicos.ghtml





    quarta-feira, 20 de fevereiro de 2019

    Biblis hyperia (Cramer, 1779), em Tragia alienata

    Biblis hyperia


    Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.






    Biblis hyperia (Cramer, 1779)


    Biblis hyperia (denominada popularmente, em inglês, Red Rim) é uma borboleta neotropical da família Nymphalidae, considerada a única espécie de seu gênero (gênero monotípico). É nativa do México até o Paraguai, incluindo as Índias Ocidentais (exceto Cuba, Ilha de São Domingos e Jamaica); raramente indo parar na região sul do Texas. Foi classificada por Pieter Cramer, com a denominação de Papilio hyperia, em 1779. Varia de pouco mais de 5 a 7.6 centímetros de envergadura e se caracteriza por possuir, vista de cima, coloração quase negra (um pouco mais pálida no canto das asas anteriores), com bandas em vermelho na proximidade inferior das asas posteriores. Ambos os sexos são idênticos, não havendo qualquer variação na padronização, embora a largura da banda vermelha sobre a asa posterior varie ligeiramente entre indivíduos. A parte inferior das asas é idêntica à sua vista superior, exceto por ser um pouco mais pálida.

    Hábitos

    Biblis hyperia é geralmente encontrada isoladamente, em altitude variando entre o nível do mar e cerca de 1.000 metros, porém mais freqüentemente abaixo de 500 metros; vivendo em ambientes alterados, incluindo clareiras de floresta, florestas secundárias, ao longo das estradas ou caminhos e margens de rios. Seu voo é lento e os machos tendem a continuamente agitar suas asas quando se assentam na folhagem de arbustos ou árvores, ou quando absorvem a umidade mineralizada de pedras ou seixos.

    Ciclo de vida



    Lagartas encontradas em planta de Tragia (Euphorbiaceae), contendo dois prolongamentos como chifres em sua cabeça e uma série de protuberâncias espiniformes em seu corpo, sendo amarronzadas como um galho em sua fase final. Crisálida com prolongamentos alares.O ovo eclode após uma semana, com a lagarta passando por diversas transformações. O ciclo, de crisálida a adulto, leva de 10 a pouco mais de 20 dias em média.


    Mimetismo e toxidade


    Segundo Andrew V. Z. Brower, embora a banda vermelha nas asas posteriores esteja posicionada de forma diferente, Biblis hyperia poderia se constituir em um possível caso de mimetismo Mülleriano; imitando borboletas do gênero Heliconius em áreas onde estas borboletas exibam asas negras, com uma banda vermelha nas asas anteriores. Também têm uma semelhança mimética com vários Papilionidae do gênero Parides. Adrian Hoskins afirma que seu voo lento poderia ser indicativo de que esta espécie é desagradável para as aves e que as plantas da qual se alimentam suas larvas, Euphorbiaceae, contêm toxinas que poderiam ficar retidas nos órgãos das borboletas adultas.











    A planta Tragia,  pertence a um gênero botânico da família das Euforbiáceas, com distribuição nas regiões tropicais e subtropicais.

    Tragia alienata (Didr.) Múlgura & M.M. Gutiérrez


    Tragia alienata

    Tragia alienata

    Tragia alienata

    Tragia alienata

    Tragia alienata

    Tragia alienata

    Tragia alienata

    Tragia alienata

    Tragia alienata

    Tragia alienata

    Tragia alienata

    Tragia alienata

    Tragia alienata

    Tragia alienata


    Tragia alienata

    Tragia alienata

    Tragia alienata


    Agradeço a colaboração da colega Inês Cordeiro do Instituto de Botânica/ Herbário de São Paulo  identificação desta espécie.