Borboletas-monarcas são conhecidas pela migração nos EUA e México.
Pesquisadores analisaram marcadores químicos nas asas dos insetos.
Borboleta-monarca; pesquisa analisa o padrão migratório dos insetos seguindo suas gerações (Foto: Divulgação/Universidade de Guelph/Jessica Linton)
Cientistas da Universidade de Guelph, no Canadá, dizem ter mapeado pela primeira vez com precisão as rotas migratórias de gerações de borboletas-monarcas, podendo assim dizer com segurança seus locais de nascimento.
O estudo foi publicado nesta quarta-feira (7) na revista científica "Proceedings of the Royal Society B". É sabido que milhões de borboletas migram anualmente rumo ao sul, saindo de regiões frias do Canadá e Estados Unidos para o México no outono, em busca de calor.
Mas os cientistas foram fundo: eles identificaram marcadores químicos nas borboletas a partir da alimentação delas, principalmente em sua fase larval.
As larvas do inseto se alimentam de um tipo de erva chamada serralha, diz a pesquisa. A "assinatura" química destas plantas varia de região para região.
Analisando os elementos químicos presentes nas asas de borboletas, que tiveram origem na alimentação, os cientistas puderam definir com exatidão as áreas de nascimento de cada inseto. Foram analisadas mais de 800 monarcas durante o verão, cobrindo uma região de mais de 35 mil quilômetros através de 17 estados americanos e duas províncias canadenses.
Colônias de monarcas começaram o período reprodutivo em abril, dizem os cientistas. Neste mês, foram identificadas sucessivas gerações de borboletas nascendo e morrendo no Texas e em Oklahoma; pouco depois, na região do meio-oeste dos EUA; e por fim, estendendo-se em regiões centrais do país e rumo ao nordeste.
No meio-oeste, ocorre uma "explosão" reprodutiva que envia vastos números de adultos em várias direções, inclusive ao Canadá, disse o pesquisador Ryan Norris ao site da universidade. "Você poderia até ver borboletas [no Canadá], mas antes não saberia dizer exatamente de onde elas vieram", afirmou o cientista.
Borboleta-monarca como as estudadas pelos cientistas canadenses (Foto: Divulgação/Universidade de Guelph/Jessica Linton)
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