segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Diante de um borboletário




Tem gente que vive de mal com a vida.
Tem gente que, se dia algum se desse
diante de um borboletário
Logo diria “pra que isso”
Criar borboletas?
Pagar salário, INSS, FGTS
Pra cuidar de borboletas?
Elas já não se mais cuidam?
Deus não deu ao mundo a vegetação tão vasta?
Que  se cuidem com o de comer que a terra dá
Que  se virem no seu vôo leve de flor colorida

Dia desses, vi um borboletário.
De longe, a beleza me pediu atenção.
Como se um jardim coberto de telas.
De um lado, plantas menos densas permitem o passar dos raios do sol.
Flores de cores e belas formas.
No meio, como se uma região de mesclagem,
nem muito sol, nem muito verde, nem muitas flores.
Se uma terceira parte do jardim, árvores esgalhadas,
folhosas, verdes, que se esforçam para não deixar passar a claridade.
Pensei.
Saberia eu o porquê?

Há borboletas e mariposas.
Há pessoas que gostam de se cobrir de alegria e de luz do sol.
Há gente comedida, mesclada entre o nem alegre, o nem triste.
Penumbra.
E gente que vive a noite da vida.
Crepusculares.
Decidem-se pela tristeza, pelo aquietamento, pelo estar em silêncio.
Pela camuflagem. Pelo não ser vista às claras.
Gente mariposa.

Você já viu um borboletário?
Já viu morada de Borboletas?
Então vê.

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