Se abrir um trabalho de um Entomólogo, ou lepidopterologista, alguém que estuda as borboletas, algures nesses escritos encontrará a língua do espanto. Cada uma das 20.000 espécies existentes têm diferentes padrões de cores e cada uma delas tem diferentes formas de asas. A diversidade é simplesmente tão magnífica.
Ao observar uma borboleta, ao descrever aquilo que estamos a observar, que não é possível traduzi-lo em palavras. Isso é biologia, mas é também magia.
UM CICLO DE VIDA DE MISTÉRIO E MARAVILHA
É impossível olhar para uma lagarta que se transforma numa borboleta e não perguntar "como?". A sua metamorfose, o seu ciclo de vida... Como é que isso acontece? Esta extraordinária e espantosa transformação? Num inseto metamórfico, aquilo que existe são dois planos corporais. Primeiro, ele tem de formar um corpo funcional e, em seguida, terá de mudar de funcionamento e assumir a forma de um novo corpo.
Fico impressionada com o desenvolvimento, quando passa de ovo a lagarta. Porque se trata de um processo tão intrincado. Mas, depois, o inseto entra na fase de crisálida e terá de acertar, mais uma vez. Então, é como se fosse o problema ao quadrado.
DENTRO DA CRISÁLIDA, A MORTE É O CAMINHO PARA A VIDA.
O inseto tem de se livrar ou digerir os tecidos da lagarta; eles não servirão para o adulto. Na verdade, as próprias células desaparecem, sendo de seguida os seus componentes reciclados e transformados numa espécie de sopa, na qual se basearão as estruturas do adulto. É muito cuidadosamente projetado. O inseto tem de saber onde tudo termina, antes de começar.
UMA TRANSFORMAÇÃO MILAGROSA.
É como se fosse um organismo diferente; as transições têm de realizar-se no coração; as transições têm de realizar-se nas antenas; as transições têm de realizar-se nos órgãos reprodutivos. As pernas do adulto terão de ser recriadas, as antenas, os olhos; tem de se alterar a forma do cérebro e as ligações entre as antenas e os olhos, o intestino tem de ser remodelado, de forma a passar de digerir matéria vegetal para a ingestão do néctar.
Começa-se a vislumbrar a profundidade do problema... Então, para a evolução ter criado este tipo de transformação, gradualmente, teria sido necessário um milagre.
Paul Nelson - Filósofo de Biologia
Quando observamos certos efeitos na natureza, é responsabilidade do investigador encontrar as causas que expliquem os efeitos. Se observasse um dispositivo mecânico com a sofisticação das borboletas, você não hesitaria nem por um instante em atribuí-lo a algum tipo de inteligência.
Porque a borboleta é tão mais sofisticada, que está quase além da nossa compreensão, em qualquer coisa que nós possamos fazer... O planeamento, a visão, a arte, a engenharia... Se processar todas as provas reveladas através da metamorfose e depois se questionar, com base na sua própria experiência, que tipo de causa poderia obter estes resultados… Acho que a única resposta razoável é a de uma inteligência que transcende o mundo natural.
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